A mídia bandida, assim como os seus financiadores do ramo da especulação financeira, passa por um momento crucial e ataca Dilma com tudo que tem para vencer com terra arrasada ou sofrer uma derrota definitiva. Como já dissemos que a revolução capitalista de Dilma está privilegiando a burguesia industrial sobre a burguesia financeira, esta usa seus meios de comunicação patrocinados para mentir cada vez mais e provocar o desestímulo de investidores e incertezas na população. Isso tem um limite a partir do qual as pessoas têm que defender a própria credibilidade para sobreviver ao momento seguinte.
O jornal da Globonews a partir das 18:30h, assim como o Jornal das 10 do mesmo canal da TV por assinatura, fazem o telespectador sair deprimido porque o apocalipse econômico estará à sua porta no dia seguinte. Como os assinantes que de fato procuram esse tipo de opinião acreditam naquilo que ali está, assim como os da Veja e outros veículos, e são pessoas das classes A e B com poder de influenciar decisões em empresas, o efeito é devastador na confiabilidade, apontando sempre perspectivas sombrias.
Ontem levaram o ex-ministro e economista Mailson da Nóbrega, sócio da empresa de consultoria Tendências, para tirar da sua boca algumas declarações que pudessem repercutir negativamente na economia e no governo. Já vi palestra com Mailson, que é contra Lula e Dilma e não poupa críticas políticas e econômicas à sua platéia. Sua postura desinibida o faz um bom palestrante, indepentendemente da sua mensagem. Ontem no programa estava nervoso, muito pouco à vontade. As apresentadoras tentaram usá-lo para tirar algumas "verdades" propostas pelo PIG:
- o desemprego vem aí, porque o ritmo de criação de vagas está caindo e o número de 200 mil novas vagas citado por Dilma é o pior desde a crise de 2008 (isso depois do recorde de emprego em março!);
- que a inflação, mesmo com todos os indicadores indicando queda, está fora de controle e precisa de medidas mais duras (elevar os juros, por exemplo, como pedem os patrocinadores);
- que o crescimento será bem menor que o esperado pelo governo e teremos um novo "pibinho" (isso depois dos primeiros dados de 2013 apontarem para a recuperação da indústria e 4% anualizados de crescimento).
Mailson jogou um balde de água fria nessas teses. Sua empresa aposta em crescimento de 2,6%, em inflação de 5,6% no fim do ano e que o emprego vai se manter estável e até em nível melhor que hoje. Uma das entrevistadoras foi além do script e disse que "nós que vivemos na época de hiperinflação nos acostumamos agora a uma inflação pequena e agora ela está alta de novo". Não teve jeito. Mailson não esboçou concordância.
O que Mailson viu que a Globo não viu? Que o cenário defendido pela imprensa não se sustenta. Que tem um nome a zelar perante os seus clientes, afinal, paga-se à sua empresa por orientação de investimentos, e uma avaliação de conjuntura errada pode lhe custar clientela. Outras empresas de consultoria mais pragmáticas já devem estar pensando adiante, no admirável mundo novo pós taxas de juros altas. De queda do patamar de atratividade, que deslocará da especulação financeira e improdutiva imensas quantias de recursos para capitalizarem outros negócios que surgirão.
O navio do PIG está afundando e as pessoas que precisam de credibilidade estão começando a pular na água. No naufrágio os últimos a pular serão os que já não têm mais nada a perder, porque já estão sendo considerados mentirosos. Um deles ontem chegou a dizer que foi o governo que espalhou o boato sobre o fim do bolsa-família só para fazer a defesa reiterada depois e deixar a oposição em maus lençóis, porque a visão liberal corta gastos sociais e reduz salários.
Discordo dos analistas que acham que a campanha eleitoral de 2014 está sendo antecipada com esse tipo de guerra total. O que os patrões da mídia querem se equivale a um gol que o Riquelme fez recentemente contra o Coríntians: cruza a bola na área, mas se entrar no gol por sorte, melhor ainda.
Ou seja: os ataques continuarão em maior ritmo 24 horas por dia 365 dias por ano até que o outro lado quebre. Se chegar às eleições de 2014 e derrotar Dilma, muito bom para eles. Se no meio do caminho surgir uma oportunidade para um impeachment "à la paraguaia", excelente.
O problema deles é o gasto excessivo de munição, que pode não segurar o contra-ataque esperado, porque cada vez mais pessoas estão enxergando os reais propósitos da direita. A mídia alternativa da Internet, que já foi importante nas eleições passadas, ganhou musculatura e ameaça os meios de comunicação tradicionais. Nessa concorrência por credibilidade o estrago está sendo maior do lado do PIG. Se perderem a guerra nesse ataque desesperado, podem ter que encarar uma lei de meios de comunicação que desmantele os impérios das 6 famílias.
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O jornal da Globonews a partir das 18:30h, assim como o Jornal das 10 do mesmo canal da TV por assinatura, fazem o telespectador sair deprimido porque o apocalipse econômico estará à sua porta no dia seguinte. Como os assinantes que de fato procuram esse tipo de opinião acreditam naquilo que ali está, assim como os da Veja e outros veículos, e são pessoas das classes A e B com poder de influenciar decisões em empresas, o efeito é devastador na confiabilidade, apontando sempre perspectivas sombrias.
Ontem levaram o ex-ministro e economista Mailson da Nóbrega, sócio da empresa de consultoria Tendências, para tirar da sua boca algumas declarações que pudessem repercutir negativamente na economia e no governo. Já vi palestra com Mailson, que é contra Lula e Dilma e não poupa críticas políticas e econômicas à sua platéia. Sua postura desinibida o faz um bom palestrante, indepentendemente da sua mensagem. Ontem no programa estava nervoso, muito pouco à vontade. As apresentadoras tentaram usá-lo para tirar algumas "verdades" propostas pelo PIG:
- o desemprego vem aí, porque o ritmo de criação de vagas está caindo e o número de 200 mil novas vagas citado por Dilma é o pior desde a crise de 2008 (isso depois do recorde de emprego em março!);
- que a inflação, mesmo com todos os indicadores indicando queda, está fora de controle e precisa de medidas mais duras (elevar os juros, por exemplo, como pedem os patrocinadores);
- que o crescimento será bem menor que o esperado pelo governo e teremos um novo "pibinho" (isso depois dos primeiros dados de 2013 apontarem para a recuperação da indústria e 4% anualizados de crescimento).
Mailson jogou um balde de água fria nessas teses. Sua empresa aposta em crescimento de 2,6%, em inflação de 5,6% no fim do ano e que o emprego vai se manter estável e até em nível melhor que hoje. Uma das entrevistadoras foi além do script e disse que "nós que vivemos na época de hiperinflação nos acostumamos agora a uma inflação pequena e agora ela está alta de novo". Não teve jeito. Mailson não esboçou concordância.
O que Mailson viu que a Globo não viu? Que o cenário defendido pela imprensa não se sustenta. Que tem um nome a zelar perante os seus clientes, afinal, paga-se à sua empresa por orientação de investimentos, e uma avaliação de conjuntura errada pode lhe custar clientela. Outras empresas de consultoria mais pragmáticas já devem estar pensando adiante, no admirável mundo novo pós taxas de juros altas. De queda do patamar de atratividade, que deslocará da especulação financeira e improdutiva imensas quantias de recursos para capitalizarem outros negócios que surgirão.
O navio do PIG está afundando e as pessoas que precisam de credibilidade estão começando a pular na água. No naufrágio os últimos a pular serão os que já não têm mais nada a perder, porque já estão sendo considerados mentirosos. Um deles ontem chegou a dizer que foi o governo que espalhou o boato sobre o fim do bolsa-família só para fazer a defesa reiterada depois e deixar a oposição em maus lençóis, porque a visão liberal corta gastos sociais e reduz salários.
Discordo dos analistas que acham que a campanha eleitoral de 2014 está sendo antecipada com esse tipo de guerra total. O que os patrões da mídia querem se equivale a um gol que o Riquelme fez recentemente contra o Coríntians: cruza a bola na área, mas se entrar no gol por sorte, melhor ainda.
Ou seja: os ataques continuarão em maior ritmo 24 horas por dia 365 dias por ano até que o outro lado quebre. Se chegar às eleições de 2014 e derrotar Dilma, muito bom para eles. Se no meio do caminho surgir uma oportunidade para um impeachment "à la paraguaia", excelente.
O problema deles é o gasto excessivo de munição, que pode não segurar o contra-ataque esperado, porque cada vez mais pessoas estão enxergando os reais propósitos da direita. A mídia alternativa da Internet, que já foi importante nas eleições passadas, ganhou musculatura e ameaça os meios de comunicação tradicionais. Nessa concorrência por credibilidade o estrago está sendo maior do lado do PIG. Se perderem a guerra nesse ataque desesperado, podem ter que encarar uma lei de meios de comunicação que desmantele os impérios das 6 famílias.
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