O governo federal conseguiu através da Advocacia Geral da União autorização para dissolver as barreiras de caminhoneiros nas estradas do país e as polícias têm usado a força para impedir o bloqueio do tráfego de pessoas e mercadorias. Há suspeitas de greve patronal (locaute ou lock out), ou seja, de estarem incentivando os caminhoneiros a fazer o protesto para conseguir redução de custos (diesel, pedágio) e aumentar seus lucros.
De interesse dos trabalhadores há a Lei do Caminhoneiro, que ontem no Senado começou a ser revista para dar maior flexibilidade à obrigação do descanso, o que atende em especial ao patronato, que não quer colocar mais motoristas e força à jornada de sacrifícios.
Os prejuízos são imensos e levam ao risco de desabastecimento. Grupo de encapuzados organizados como milícia tocaram fogo em postos de pedágio em São Paulo, que tem as maiores tarifas do mundo. O movimento continua hoje em todo o país. Deveriam investigar também certas greves de ônibus que eclodiram após a redução de passagens, porque é uma prática usual os patrões incentivarem as paralisações para obter reajustes. Conheci uma prefeitura onde nas eleições não se sabia quem seria o prefeito, mas o secretário de transportes todos sabiam quem nomearia. A cada greve correspondia um reajuste de tarifas que pagava a diferença dos salários e muito mais lucros para os patrões.
A presidente Dilma Rousseff ontem disse que não haverá transigência com esse movimento, no que foi reforçada pelo Ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, que mandou a Polícia Federal investigar a suspeita de greve patronal. Em tempos de golpismo, de tentar caracterizar o caos para depois alguém vender uma solução miraculosa, como ontem no Egito que o exército destituiu o presidente, anulou a constituição e nomeou o presidente da corte constitucional como governante provisório, todo cuidado é pouco.
Dilma sabe o que uma greve de caminhoneiros pode fazer num processo de desestabilização. No Chile, em 1972, uma greve desse tipo organizada pela CIA como tática para derrubar o presidente de esquerda Salvador Allende parou o país. O desabastecimento criou insatisfações por meses, que levaram à "solução" através do sangrento golpe militar de 1973. Para saber mais recomento ler http://laurocampos.org.br/2009/09/chile-os-mil-dias-da-unidade-popular-1970-1973/
De interesse dos trabalhadores há a Lei do Caminhoneiro, que ontem no Senado começou a ser revista para dar maior flexibilidade à obrigação do descanso, o que atende em especial ao patronato, que não quer colocar mais motoristas e força à jornada de sacrifícios.
Os prejuízos são imensos e levam ao risco de desabastecimento. Grupo de encapuzados organizados como milícia tocaram fogo em postos de pedágio em São Paulo, que tem as maiores tarifas do mundo. O movimento continua hoje em todo o país. Deveriam investigar também certas greves de ônibus que eclodiram após a redução de passagens, porque é uma prática usual os patrões incentivarem as paralisações para obter reajustes. Conheci uma prefeitura onde nas eleições não se sabia quem seria o prefeito, mas o secretário de transportes todos sabiam quem nomearia. A cada greve correspondia um reajuste de tarifas que pagava a diferença dos salários e muito mais lucros para os patrões.
A presidente Dilma Rousseff ontem disse que não haverá transigência com esse movimento, no que foi reforçada pelo Ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, que mandou a Polícia Federal investigar a suspeita de greve patronal. Em tempos de golpismo, de tentar caracterizar o caos para depois alguém vender uma solução miraculosa, como ontem no Egito que o exército destituiu o presidente, anulou a constituição e nomeou o presidente da corte constitucional como governante provisório, todo cuidado é pouco.
Dilma sabe o que uma greve de caminhoneiros pode fazer num processo de desestabilização. No Chile, em 1972, uma greve desse tipo organizada pela CIA como tática para derrubar o presidente de esquerda Salvador Allende parou o país. O desabastecimento criou insatisfações por meses, que levaram à "solução" através do sangrento golpe militar de 1973. Para saber mais recomento ler http://laurocampos.org.br/2009/09/chile-os-mil-dias-da-unidade-popular-1970-1973/
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