Dilma deveria lançar um programa "Brasil Mais Noção", complementar ao "Brasil Mais Médicos". Assisti agora há pouco a um debate na TV Brasil entre Iran Cardoso, presidente do CRM-DF e a presidente do Conselho Nacional de Saúde. Iran declarou que não faltam médicos no Brasil, mesmo com os dados contrariando em muito as recomendações da OMS. No Brasil temos 1,8 médico por 1000 habitantes, em média, enquanto na Argentina há 3,2 médicos e na Espanha, 4 médicos para 1000 pessoas. No Maranhão, 0,6 médicos por mil. Há um "apagão médico", mas isso parece favorecer alguns interesses corporativos.
Esse discurso, que não é apenas do entrevistado, mas de todos os opositores do programa Brasil Mais Médicos, inclusive o PSDB (vide artigo "Os Médicos e os Monstros" do Inst. Teotônio Vilela, do partido). Não se assume que existe um apagão na formação de médicos e na distribuição e por questões político-ideológicas-eleitorais se pretende privar as populações mais desassistidas de profissionais de saúde.
Quando Lula assumiu era previsível que o país deixaria a total dependência dos banqueiros e especuladores e que haveria investimentos em desenvolvimento. E isso traria um apagão na área de Engenharia. O CONFEA, presidido pelo Eng. Marcos Túlio, antecipou-se ao problema e abriu a discussão sobre a formação de mais engenheiros, além de levar o Conselho a propor alternativas para viabilizar os projetos de grande vulto, como o PAC. O CONFEA também organizou o Movimento Anticorrupção na Engenharia e Arquitetura, contribuindo para a moralidade num ambiente de aumento de recursos para obras.
E na Medicina, o que vemos, é a tentativa de emperrar tudo. Se hoje tivéssemos os 10% do orçamento reivindicados para a Saúde, teríamos um enorme apagão por falta de projetos de uma saúde de qualidade, afinal, isso não interessa ao mercantilismo de saúde. A propaganda do Brasil Mais Médicos está assando a batata dos Conselhos, porque cria a expectativa de levar médicos ao interior, brasileiros ou não, para atenuar e até resolver o problema. O povo vê que R$ 10 mil para um recém-formado é uma grande oportunidade. E não está nem aí para o chororô da falta de condições de trabalho, que se formos ver não são adequadas nem nas capitais, e até nos hospitais da iniciativa privada. Quem se colocar contra o que o povo entende ser bom para ele pagará um alto preço político.
A Falta de Noção que Assola o País - FANOAPÁ - está não apenas em não enxergarem o que todo mundo vê: faltam médicos e as instituições que regulam e fiscalizam a profissão parecem querer que tudo fique como está. Onde estavam essas lideranças quando o PSDB, o DEM e outros acabaram com a CPMF em 2007 para prejudicar Lula (e de quebra eliminar um instrumento de fiscalização do mercado financeiro)? Não me lembro de manifestações de rua dos Conselhos pela manutenção de R$ 40 bilhões para a saúde.
O presidente do CRM-DF foi ao programa de TV enquanto representante da autarquia pública vestindo a camisa da chapa pela qual concorre à reeleição da entidade, usando o espaço dado ao Conselho para fins particulares. Vejam a entrevista em
http://tvbrasil.ebc.com.br/reporterbrasil/bloco/reporter-brasil-debate-programa-mais-medicos
Fim da CPMF em 2007, tirando dinheiro da Saúde |
Quando Lula assumiu era previsível que o país deixaria a total dependência dos banqueiros e especuladores e que haveria investimentos em desenvolvimento. E isso traria um apagão na área de Engenharia. O CONFEA, presidido pelo Eng. Marcos Túlio, antecipou-se ao problema e abriu a discussão sobre a formação de mais engenheiros, além de levar o Conselho a propor alternativas para viabilizar os projetos de grande vulto, como o PAC. O CONFEA também organizou o Movimento Anticorrupção na Engenharia e Arquitetura, contribuindo para a moralidade num ambiente de aumento de recursos para obras.
E na Medicina, o que vemos, é a tentativa de emperrar tudo. Se hoje tivéssemos os 10% do orçamento reivindicados para a Saúde, teríamos um enorme apagão por falta de projetos de uma saúde de qualidade, afinal, isso não interessa ao mercantilismo de saúde. A propaganda do Brasil Mais Médicos está assando a batata dos Conselhos, porque cria a expectativa de levar médicos ao interior, brasileiros ou não, para atenuar e até resolver o problema. O povo vê que R$ 10 mil para um recém-formado é uma grande oportunidade. E não está nem aí para o chororô da falta de condições de trabalho, que se formos ver não são adequadas nem nas capitais, e até nos hospitais da iniciativa privada. Quem se colocar contra o que o povo entende ser bom para ele pagará um alto preço político.
A Falta de Noção que Assola o País - FANOAPÁ - está não apenas em não enxergarem o que todo mundo vê: faltam médicos e as instituições que regulam e fiscalizam a profissão parecem querer que tudo fique como está. Onde estavam essas lideranças quando o PSDB, o DEM e outros acabaram com a CPMF em 2007 para prejudicar Lula (e de quebra eliminar um instrumento de fiscalização do mercado financeiro)? Não me lembro de manifestações de rua dos Conselhos pela manutenção de R$ 40 bilhões para a saúde.
O presidente do CRM-DF foi ao programa de TV enquanto representante da autarquia pública vestindo a camisa da chapa pela qual concorre à reeleição da entidade, usando o espaço dado ao Conselho para fins particulares. Vejam a entrevista em
http://tvbrasil.ebc.com.br/reporterbrasil/bloco/reporter-brasil-debate-programa-mais-medicos
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