Levar médicos ao interior é uma preocupação que antecede ao movimento de protestos de rua recente. Há prefeituras que oferecem bons salários para que os profissionais trabalhem em hospitais existentes. Há profissionais que reclamam de calotes das prefeituras e falta de condições de trabalho. Há médicos que trabalham em vários empregos para ganhar pouco nas grandes cidades. E há um custo elevado para os cidadãos e o poder público para tirar um doente do interior e levar para ser tratado num centro maior.
Em 1999 o então ministro da Saúde, José Serra, foi a Cuba tentar contratar médicos para preencher essa deficiência. Na época não houve o combate oposicionista (não deixar resolver) e ideológico (os médicos são "comunistas cubanos") que a mídia e entidades médicas dominadas por reacionários oferecem hoje. Esse discurso anti-estrangeiros, também xenofóbico, é demofóbico: não se pode resolver os problemas de pobretões forçando a "elite" médica a ir ao encontro deles, é a visão.
Agora o governo Dilma lançou o programa "Brasil mais médicos" oferecendo vantagens pagas pela união para profissionais irem para o interior, acabando com a ladainha do "calote do prefeito". R$ 10 mil no interior é coisa de rico, pois o custo de vida é muito mais baixo. O médico pode fazer um bom pé-de-meia e depois voltar ao grande centro mais experiente, botar consultório, não se sujeitar ao mercantilismo de saúde nem aos baixos salários públicos, etc.
A mídia bandida diz que o programa é "para importar médicos". Dilma, pelo contrário, diz que o programa valoriza os médicos brasileiros com oportunidades melhores de trabalho no interior e aprimoramento profissional com a obrigatoriedade de 2 anos no chamado "segundo ciclo" no SUS. A Globo já torpedeou tudo: assim como fez para derrubar o plebiscito, agora metralha com "especialistas", representantes de entidades e profissionais escolhidos a dedo a proposta de extensão da formação, e insiste na mentira de privilegiar profissionais estrangeiros. Tudo por dois motivos: fazer o governo fracassar, e não se gastar dinheiro com pobres.
A contratação de estrangeiros não será a prioridade. Eles virão caso não se consiga preencher todas as vagas em municípios carentes. O ciclo complementar de 2 anos no SUS será aplicado apenas a partir de 2015. Tudo ainda vai para o Congresso e poderá ser derrubado por votos comprados a peso de ouro pelo lobby dos mercantilistas de saúde e pelas entidades elitistas, que querem que nada seja obrigatório.
O "segundo ciclo" é baseado nas experiências inglesa e sueca, que têm o tal "Padrão FIFA". Se os coxinhas que foram nas ruas indignados e cansados com o estado da saúde pública tiverem sido honestos, o que Dilma propõe supera suas expectativas. A não ser que defendam os interesses dos mercadores de saúde, dos planos que oferecem cada vez menos profissionais e especialidades, das entidades que subornam profissionais com comissões sobre remédios receitados e exames requeridos, ou se estavam falando apenas em ter profissionais nas grandes cidades para não precisarem mais pagar planos.
Em 1999 o então ministro da Saúde, José Serra, foi a Cuba tentar contratar médicos para preencher essa deficiência. Na época não houve o combate oposicionista (não deixar resolver) e ideológico (os médicos são "comunistas cubanos") que a mídia e entidades médicas dominadas por reacionários oferecem hoje. Esse discurso anti-estrangeiros, também xenofóbico, é demofóbico: não se pode resolver os problemas de pobretões forçando a "elite" médica a ir ao encontro deles, é a visão.
Agora o governo Dilma lançou o programa "Brasil mais médicos" oferecendo vantagens pagas pela união para profissionais irem para o interior, acabando com a ladainha do "calote do prefeito". R$ 10 mil no interior é coisa de rico, pois o custo de vida é muito mais baixo. O médico pode fazer um bom pé-de-meia e depois voltar ao grande centro mais experiente, botar consultório, não se sujeitar ao mercantilismo de saúde nem aos baixos salários públicos, etc.
A mídia bandida diz que o programa é "para importar médicos". Dilma, pelo contrário, diz que o programa valoriza os médicos brasileiros com oportunidades melhores de trabalho no interior e aprimoramento profissional com a obrigatoriedade de 2 anos no chamado "segundo ciclo" no SUS. A Globo já torpedeou tudo: assim como fez para derrubar o plebiscito, agora metralha com "especialistas", representantes de entidades e profissionais escolhidos a dedo a proposta de extensão da formação, e insiste na mentira de privilegiar profissionais estrangeiros. Tudo por dois motivos: fazer o governo fracassar, e não se gastar dinheiro com pobres.
A contratação de estrangeiros não será a prioridade. Eles virão caso não se consiga preencher todas as vagas em municípios carentes. O ciclo complementar de 2 anos no SUS será aplicado apenas a partir de 2015. Tudo ainda vai para o Congresso e poderá ser derrubado por votos comprados a peso de ouro pelo lobby dos mercantilistas de saúde e pelas entidades elitistas, que querem que nada seja obrigatório.
O "segundo ciclo" é baseado nas experiências inglesa e sueca, que têm o tal "Padrão FIFA". Se os coxinhas que foram nas ruas indignados e cansados com o estado da saúde pública tiverem sido honestos, o que Dilma propõe supera suas expectativas. A não ser que defendam os interesses dos mercadores de saúde, dos planos que oferecem cada vez menos profissionais e especialidades, das entidades que subornam profissionais com comissões sobre remédios receitados e exames requeridos, ou se estavam falando apenas em ter profissionais nas grandes cidades para não precisarem mais pagar planos.
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