Desde que os protestos de rua questionaram os políticos algumas providências de varejo foram tomadas, sempre no sentido de mostrar utilidade do Congresso Nacional e agilidade para resolver problemas cuja solução se arrasta há anos. Nessa maré de pressões se empurrou na Câmara o projeto da destinação dos royalties do petróleo para a educação e saúde. O senado ontem aprovou um substitutivo que alterou o texto para valer apenas nos novos contratos, e agora o assunto deve ir à sanção presidencial, postergando a obtenção das receitas, para evitar problemas com estados produtores. Também andaram a derrota da PEC 37, a condenação da corrupção como crime hediondo e propostas para redução do preço dos transportes e mais recursos para as cidades melhorarem os serviços.
Isso tudo é importante, mas só mexe na gordura do principal problema: a falta de representatividade do Congresso e a falta de instrumentos de participação popular na política. A resposta a isso foi dada por um dos cinco pactos propostos pela presidente Dilma há 10 dias: um plebiscito sobre a realização de uma assembléia constituinte específica para mudar o sistema político. A reação do "establishment" político e da mídia foi imediata e vigorosa, aproveitando-se do desmanche do "tsunami cívico" hoje reduzido a ondinhas esparsas de protestos por bandeiras difusas. De imediato a mídia rebateu a idéia, reproduzindo o discurso da oposição sobre a eventualidade de golpismo, de venezuelização, de busca de canais diretos com o povo passando sobre o congresso.
A proposta acabou detonada, reduzindo-se a um plebiscito com 5 questões, também bombardeada na mídia e no Congresso, até pela base aliada, em especial o PMDB. A oposição quer o referendo, ou seja, que os políticos mudem a seu bel-prazer o que acharem interessante para eles e ofereçam o pacote completo para enganar o povo com a idéia de estar votando algo "democraticamente". Dilma insiste no plebiscito, mesmo que as reformas não se apliquem para as próximas eleições, em paralelo com mudanças que podem ser feitas de imediato no Congresso. Até o vice-presidente Michel Temer entrou na onda da sabotagem, mas ontem recuou.
Os políticos apostam na morte do "tsunami cívico", que passou ao largo das manifestações concretas de melhoria nos transportes e, com o apoio da mídia, questionou a ética na política com viés de direita. Como era inconsistente, sem bandeiras específicas, e se pretendia "apartidário", morreu na hora que a PEC 37 foi votada e o governo apresentou os cinco pactos. O movimento pela melhoria dos transportes continuou e agora também chega ao transporte de cargas. Os políticos festejam o fim da pressão, acham que cumpriram com os seus deveres e agora até farra de jatinho fazem para mostrar o desprezo pelos que pagam a conta.
Isso tudo é importante, mas só mexe na gordura do principal problema: a falta de representatividade do Congresso e a falta de instrumentos de participação popular na política. A resposta a isso foi dada por um dos cinco pactos propostos pela presidente Dilma há 10 dias: um plebiscito sobre a realização de uma assembléia constituinte específica para mudar o sistema político. A reação do "establishment" político e da mídia foi imediata e vigorosa, aproveitando-se do desmanche do "tsunami cívico" hoje reduzido a ondinhas esparsas de protestos por bandeiras difusas. De imediato a mídia rebateu a idéia, reproduzindo o discurso da oposição sobre a eventualidade de golpismo, de venezuelização, de busca de canais diretos com o povo passando sobre o congresso.
A proposta acabou detonada, reduzindo-se a um plebiscito com 5 questões, também bombardeada na mídia e no Congresso, até pela base aliada, em especial o PMDB. A oposição quer o referendo, ou seja, que os políticos mudem a seu bel-prazer o que acharem interessante para eles e ofereçam o pacote completo para enganar o povo com a idéia de estar votando algo "democraticamente". Dilma insiste no plebiscito, mesmo que as reformas não se apliquem para as próximas eleições, em paralelo com mudanças que podem ser feitas de imediato no Congresso. Até o vice-presidente Michel Temer entrou na onda da sabotagem, mas ontem recuou.
Os políticos apostam na morte do "tsunami cívico", que passou ao largo das manifestações concretas de melhoria nos transportes e, com o apoio da mídia, questionou a ética na política com viés de direita. Como era inconsistente, sem bandeiras específicas, e se pretendia "apartidário", morreu na hora que a PEC 37 foi votada e o governo apresentou os cinco pactos. O movimento pela melhoria dos transportes continuou e agora também chega ao transporte de cargas. Os políticos festejam o fim da pressão, acham que cumpriram com os seus deveres e agora até farra de jatinho fazem para mostrar o desprezo pelos que pagam a conta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário