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Sergels torg |
Continuando o relato da
Parte 1, na terça-feira (13) chegamos ao coração da cidade, que fica no início da Sveavägen, junto à estação central do metrô, na praça Sergels (Sergels torg), onde ficam a Kulturhuset (Casa de Cultura), um obelisco e o pátio cujo piso é uma espécie de marca visual da cidade (um triângulo preto e um branco num quadrado, tipo yin-yiang).
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Casa de Cultura - Kulturhuset |
Coincidentemente chegamos à cidade justo na semana do Stockholms Kulturfestival, que começou no dia 13 e vai até o domingo com 5 grandes ilhas de atividades espalhadas pela região central. No Prédio da Kulturhuset vimos algumas apresentações de tango e dança indiana com a participação de dançarinos locais. O multiculturalismo é uma marca da Suécia. A imigração avançou nos governos socialistas e agora há 15% da população de outras culturas. Com o ascenso da direita, que tem ganhado eleições e militantes, o racismo voltou a ser um problema e em maio houve
violentos protestos na cidade. Ainda se vê vidros quebrados em lojas em alguns lugares.
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Kulturfestival |
Mais uma rajada de chuva e procuramos abrigo num enorme shopping, o Gallerian, que além da bela arquitetura tinha de novidade um banheiro que mais parecia uma loja. Catraca eletrônica cobrando 10 kronor das pessoas (R$ 3,40). Para quem não tem moeda, uma máquina de troco ao lado converte notas de até 100 kronor. Não há separação por gênero e todos são cabines voltadas para uma área aberta comum. Lavatórios coletivos também.
Parou a chuva e fomos para os Jardins do Rei (sim, a Suécia é um reino e Gustav e a brasileira Silvia formam o casal real) onde outro nicho do Kulturfestival reunia uma turma jovem em torno de shows de rock, hip hop e djs. Mais chuva e nos abrigamos num nicho hemisférico da empresa de telefonia Telia, que tinha na porta os dizeres "Inferno online" que nos lembrou certas operadoras de comunicação brasileiras. Dentro havia computadores com jogos, onde se destacava a nova versão do Sim City que é fantástica (adoro esse jogo).
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Kulturfestival |
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Kulturfestival |
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Kulturfestival |
Mais uma estiagem, caminhada em direção à Gamla Stan (cidade velha) na ilha ao lado. Pelo caminho, mais chuva e buscamos abrigo na igreja de St Jacob, onde coincidentemente havia um recital de órgão. Muito bom. Por aqui muitas igrejas, por volta do horário do almoço ou às 5 da tarde apresentam música com coros e órgãos, alguns pagos. Depois de uns 20 min voltamos a caminhar com sol novamente até a praça em frente ao palácio real, onde mais um palco do Kulturfestival estava montado. Passamos direto e começamos a entrar na área turística da cidade, visível pelo aparecimento de grupos de pessoas orientadas por guias.
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Kulturfestival - Inferno online |
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Centro de Estocolmo |
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Kulturfestival |
Batendo foto numa as pontes vimos um grupo de brasileiros que soubemos estar numa excursão. Em geral o esquema é chegar à tarde com o resto do dia livre, e no dia seguinte fazer as visitas guiadas e city tours, depois estrada novamente. Nesta hora sentimos valor no nosso método C&C (cara &coragem), pois nos demos ao luxo de andar sem preocupação por área não turísticas e conhecer mais da vida das pessoas.
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Kulturfestival |
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Igreja St. Jacob |
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Kulturfestival |
Entramos pelo parlamento e fugimos da agitação da rua central de Gamla Stan, lotada de turistas, partindo em direção a uma belíssima igreja e depois de outros prédios interessantes até chega a um cais com vista para as ilha de Sodermalm , Kungsholmen e Gamla Stan, onde o destaque é o prédio da prefeitura ao longe. Essa ilha de Riddarholmen abriga o poder judiciário da Suécia, e não fica longe do Parlamento e do Palácio Real.
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Helicóptero de filmagem |
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Prefeitura |
Atraídos pelo prédio da Prefeitura fomos pelo cais até as suas proximidades, tiramos umas fotos e mais uma rajada de chuva nos fez correr até o Centro de Convenções e depois à Estação Central multimodal (ônibus interestaduais, internacionais, trens, conexão com o metrô, etc). Nisso já eram umas 7 da noite e o sol voltou a aparecer em seguida. Seguimos para o show de jazz que aconteceu em frente ao Palácio Real, junto à Ópera, a Praça Gustav Adolf. Um grupo sul-africano, encabeçado pelo trumpetista
Hugh Masekela
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Shopping Gallerian |
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Parlamento |
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Parlamento |
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Estação Central |
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Igreja em Riddarholmen |
, que animou o público majoritariamente na faixa acima dos 40 anos fazendo piadas e, claro, boa música. Falou de Mandela, de luta contra o apartheid e agradeceu ao povo sueco por ter sido um dos primeiros a fazer o boicote ao regime racista da África do Sul.
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Show Hugh Masekela |
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Hugh Masekela |
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Segurança no trabalho |
O show acabou por volta das 21:30h, anoitecendo. Ainda passamos nos outros locais mas o cansaço nos mandou andar mais 2 km para casa. Total do dia: 12 km medidos no Google Earth. Descobrimos que o Minhas Trilhas do celular, por problemas de calibragem, apresentou uma grande distorção mostrando roteiros todos tortos, apesar das ruas estarem corretas, e 21 km de extensão.
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