No sábado passado começaram a circular na internet imagens de protesto contra o aumento dos combustíveis. Razoável, já que tal aumento não pesa só no bolso de quem tem carro, mas atinge todos os transportes, que encarecem preços, etc e tal. Gera inflação no sistema todo, por isso mesmo o governo tem que dosar bem os ajustes necessários para manter os preços atualizados diante da inflação.
Ao governo não interessa a indexação dos preços, pois quando começa quem leva a pior é o assalariado. Indexação é atribuir reajustes automáticos quando, por exemplo, a inflação passar de um certo valor. Se abrir a brecha para os combustíveis logo todos os produtos e serviços seguirão o caminho, inviabilizando a concorrência, a busca por eficiência, etc. Só os salários é que ficam parados, aguardando o ano todo pela data base do trabalhador.
Para a Petrobrás o reajuste deve significar um alívio para o caixa, que anda baixo porque os investimentos em andamento não maturaram a ponto de gerar receitas e de novos compromissos assumidos. Esse alívio seria uma notícia boa para os acionistas, fornecedores, etc.
Eis que, paradoxalmente, as ações da Petrobrás caem 10% num só pregão da Bovespa. A mídia aliada do capital expressa o sentimento dos capitalistas: o reajuste foi pequeno, e não foi estabelecida regra automática de aumentos dos preços. Uma decepção para eles, que queriam uma sangria maior ainda dos bolsos dos consumidores. Aí o governo, acionista majoritário da Petrobrás, fica entre dois fogos: ajusta o preço para aliviar a empresa, paga o preço político, e toma porrada da mídia porque o reajuste foi pouco para os capitalistas.
E o cidadão comum só olha para o governo como vilão. Não enxerga mais adiante a gula do capital por mais lucros, dividendos, etc. E assim vamos engasgando com mosquitos e engolindo elevantes.
Ao governo não interessa a indexação dos preços, pois quando começa quem leva a pior é o assalariado. Indexação é atribuir reajustes automáticos quando, por exemplo, a inflação passar de um certo valor. Se abrir a brecha para os combustíveis logo todos os produtos e serviços seguirão o caminho, inviabilizando a concorrência, a busca por eficiência, etc. Só os salários é que ficam parados, aguardando o ano todo pela data base do trabalhador.
Para a Petrobrás o reajuste deve significar um alívio para o caixa, que anda baixo porque os investimentos em andamento não maturaram a ponto de gerar receitas e de novos compromissos assumidos. Esse alívio seria uma notícia boa para os acionistas, fornecedores, etc.
Eis que, paradoxalmente, as ações da Petrobrás caem 10% num só pregão da Bovespa. A mídia aliada do capital expressa o sentimento dos capitalistas: o reajuste foi pequeno, e não foi estabelecida regra automática de aumentos dos preços. Uma decepção para eles, que queriam uma sangria maior ainda dos bolsos dos consumidores. Aí o governo, acionista majoritário da Petrobrás, fica entre dois fogos: ajusta o preço para aliviar a empresa, paga o preço político, e toma porrada da mídia porque o reajuste foi pouco para os capitalistas.
E o cidadão comum só olha para o governo como vilão. Não enxerga mais adiante a gula do capital por mais lucros, dividendos, etc. E assim vamos engasgando com mosquitos e engolindo elevantes.
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