Na virada do ano quando programas televisivos e colunas de articulistas faziam prospecções para 2014 era quase consensual que se a Copa do Mundo acontecer e for um sucesso, Dilma ganha eleitoralmente. Caso contrário, ela perde. Simples assim. Várias especulações lançadas na mídia colocaram em dúvida se vai acontecer. Joseph Blatter, da FIFA, disse que vai haver protestos e criticou o governo pelos atrasos, jogando mais lenha na fogueira. Enfim, a sentença publicada numa coluna na Folha : "Não vai ter Copa!".
Definitivo. Os terroristas de direita do Anonymous BR já haviam lançado a dúvida, mas até aqui ninguém tinha sentenciado o "fim da Copa". E já se articula para o dia 25/1 manifestações nas sedes da Copa. Mascarados mercenários a serviço de candidaturas irão atacar candidaturas a governador e deputados com o cerco a residências, violência contra parlamentares de partidos selecionados, etc. Tudo isso vai voltar com o apoio da mídia?
É uma imensa irresponsabilidade da mídia apostar na repetição das manifestações de junho de 2013 como forma de fazer cair o prestígio e a votação de Dilma. Primeiro, porque ela venceu aquele episódio, forçando o Congresso a aceitar os royalties para a educação e saúde e a aceitar o programa Mais Médicos. Segundo porque as coisas podem sair de controle. Como no ano passado. A Globo se retirou do apoio às manifestações quando Dilma falou em Constituinte.
Se o objetivo é acabar com a Copa, a tática de barrar o acesso aos estádios já se mostrou falha. E pode suscitar violência por parte dos torcedores, que não aceitarão que o "país do futebol" estrague uma Copa em casa. Outra tática foi atemorizar os patrocinadores e isso pode acontecer novamente. Quantas concessionárias de carros, agências bancárias e veículos da Globo foram atacados no ano passado? Esse dano de imagem custou mais caro ainda à Globo, com a descoberta da sonegação de impostos e atos na porta das suas emissoras. E mais um erro: tudo na Copa gira em torno das transmissões de TV para exibir propagandas. A Globo, que tem a exclusividade de imagens, pode vir a sofrer com isso.
No caso da Globo a situação é paradoxal: seus "analistas", que não têm nenhuma independência em relação à linha editorial ditada pela empresa e, portanto, falam por ela, instigam as manifestações. Ela certamente será alvo material das manifestações. E como ficará diante dos seus parceiros na promoção da Copa? O que o Itaú deve estar dizendo da Globo apoiando manifestações onde suas agências poderão ser quebradas?
Pior para eles seria o movimento guinar à esquerda por força dos pequenos partidos que tocarão os protestos. Numa nova crise Dilma poderia vir a assumir compromissos com uma plataforma mais à esquerda com conteúdos como reforma agrária, endurecimento com questões ambientais de interesse da direita, ampliação dos direitos dos trabalhadores, regulação das mídias, etc. Assim como no ano passado, o "overshooting" contra Dilma pode sair pela culatra e a presidente fortalecer-se mais.
Quanto ao ganho eleitoral por alguém de eventual onda de caos e destruição, tenho grandes dúvidas. A tendência de anular o voto ou não votar em ninguém se acentua quando acontece isso. Mais ainda: as cenas de vandalismo contrastarão com a imagem de Dilma apelando ao bom senso e pedindo a realização da Copa. Milhões de pessoas a entenderão como a voz sensata em meio ao caos. A jogada é muito perigosa, mas parece ser a última chance dos que já consideram a eleição derrotada.
Definitivo. Os terroristas de direita do Anonymous BR já haviam lançado a dúvida, mas até aqui ninguém tinha sentenciado o "fim da Copa". E já se articula para o dia 25/1 manifestações nas sedes da Copa. Mascarados mercenários a serviço de candidaturas irão atacar candidaturas a governador e deputados com o cerco a residências, violência contra parlamentares de partidos selecionados, etc. Tudo isso vai voltar com o apoio da mídia?
É uma imensa irresponsabilidade da mídia apostar na repetição das manifestações de junho de 2013 como forma de fazer cair o prestígio e a votação de Dilma. Primeiro, porque ela venceu aquele episódio, forçando o Congresso a aceitar os royalties para a educação e saúde e a aceitar o programa Mais Médicos. Segundo porque as coisas podem sair de controle. Como no ano passado. A Globo se retirou do apoio às manifestações quando Dilma falou em Constituinte.
Se o objetivo é acabar com a Copa, a tática de barrar o acesso aos estádios já se mostrou falha. E pode suscitar violência por parte dos torcedores, que não aceitarão que o "país do futebol" estrague uma Copa em casa. Outra tática foi atemorizar os patrocinadores e isso pode acontecer novamente. Quantas concessionárias de carros, agências bancárias e veículos da Globo foram atacados no ano passado? Esse dano de imagem custou mais caro ainda à Globo, com a descoberta da sonegação de impostos e atos na porta das suas emissoras. E mais um erro: tudo na Copa gira em torno das transmissões de TV para exibir propagandas. A Globo, que tem a exclusividade de imagens, pode vir a sofrer com isso.
No caso da Globo a situação é paradoxal: seus "analistas", que não têm nenhuma independência em relação à linha editorial ditada pela empresa e, portanto, falam por ela, instigam as manifestações. Ela certamente será alvo material das manifestações. E como ficará diante dos seus parceiros na promoção da Copa? O que o Itaú deve estar dizendo da Globo apoiando manifestações onde suas agências poderão ser quebradas?
Pior para eles seria o movimento guinar à esquerda por força dos pequenos partidos que tocarão os protestos. Numa nova crise Dilma poderia vir a assumir compromissos com uma plataforma mais à esquerda com conteúdos como reforma agrária, endurecimento com questões ambientais de interesse da direita, ampliação dos direitos dos trabalhadores, regulação das mídias, etc. Assim como no ano passado, o "overshooting" contra Dilma pode sair pela culatra e a presidente fortalecer-se mais.
Quanto ao ganho eleitoral por alguém de eventual onda de caos e destruição, tenho grandes dúvidas. A tendência de anular o voto ou não votar em ninguém se acentua quando acontece isso. Mais ainda: as cenas de vandalismo contrastarão com a imagem de Dilma apelando ao bom senso e pedindo a realização da Copa. Milhões de pessoas a entenderão como a voz sensata em meio ao caos. A jogada é muito perigosa, mas parece ser a última chance dos que já consideram a eleição derrotada.
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