A história considerará como fato relevante, como algo revolucionário, a recente decisão do STF que, na prática, colocou em xeque todo o chamado Mensalão, a mentira repetida mil vezes e que, durante anos, virou uma "verdade". Recentes análises da mídia que até aqui insiste em que houve desvio de dinheiro público para pagar mesadas a deputados já mostram fissuras que podem invalidar todo o processo AP 470 e recomeçar o julgamento considerando provas que foram criminosamente ocultadas pelo ministro Joaquim Barbosa e suas decisões autoritárias com o objetivo de penalizar inocentes, algo incompatível com a função de magistrado. A análise de Ricardo Melo, na Folha, mostra claramente o que está por vir, para temor de Barbosa.
Dilma e Lula tiveram governos por direito, eleitos democraticamente, mas nunca o poder de fato. Há outros poderes articulados para fazer prevalecer privilégios, desequilibrando a justiça social. Uma minoria manda acima da maioria através de seis famílias proprietárias dos meios de comunicação, um outro punhado de banqueiros que suga juros de todos, dos tribunais e das forças armadas. A derrota no STF e a próxima desmoralização de Joaquim Barbosa como arbitrário serviçal do poder de fato trará impactos não apenas na consideração da instituição STF como foro republicano de justiça, mas imediata confusão naqueles que acreditaram piamente que a verdade era o Mensalão. As palavras de Barbosa aos seus não deixam dúvidas: isso é só o começo.
Algo parecido com o ocorrido ao final da guerra da Alemanha nazista, quando o povo alemão derrotado começou a ver o que de fato aconteceu durante aquele período onde apoiaram todas as "verdades" do regime. Perderam o chão. Claro que muitos insistirão na existência da corrupção generalizada do PT, mas bastará perguntar-lhes "baseado em que afirma, cadê as provas?", que o discurso se esvaziará.
Em breve começará o período eleitoral com Dilma ocupando espaços de TV e rádio, podendo falar o que a mídia censura. Não adiantará muita coisa a grande mídia insistir que "o STF é petista", até porque Joaquim Barbosa foi indicado por Lula. Agora, quando as pessoas virem que o seu "herói" atuou criminosamente para aumentar uma pena a inocentes escondendo provas haverá, no mínimo, confusão e desânimo.
A direita teme a "bolivarização" no Brasil a partir do arrombamento do portão da sua fortaleza, que seria o STF. Ou seja, que o judiciário seja imparcial ou até mesmo parcial para o outro lado, como na Venezuela. Tudo teria que mudar. Ameaças de golpismo poderiam ser punidas. Pior: saidas "à paraguaia" para destituir governos ficam inviabilizadas. Talvez a realidade não seja essa, mas para a direita o sentimento é esse, de perda profunda.
Os fatos recentes da Venezuela parecem mostrar-lhes que o futuro será um pesadelo. Ter que aceitar que o Estado sirva à maioria, e não apenas aos interesses de uma pequena elite. Que as tentativas de golpes serão isoladas. Que a eles só restará juntar os cacos e golpear provocando uma crise financeira, com escassez de mercadorias, com elevação brutal de preços, na tentativa de criar o caos e a intervenção militar.
A mudança na balança hegemônica também promete estragos a outros pilares da direita, como a grande mídia familiar. Na Argentina a suprema corte validou a Ley de Medios, e as grandes empresas estão sendo pulverizadas, democratizando a informação. Enfim, a direita se sente acuada enxergando a possibilidade de golpear ou arranjar um espaço ao sol em Miami. Resta ao outro lado fazer valer a hegemonia e ir às ruas lutar por maiores avanços nas conquistas sociais e democráticas.
Dilma e Lula tiveram governos por direito, eleitos democraticamente, mas nunca o poder de fato. Há outros poderes articulados para fazer prevalecer privilégios, desequilibrando a justiça social. Uma minoria manda acima da maioria através de seis famílias proprietárias dos meios de comunicação, um outro punhado de banqueiros que suga juros de todos, dos tribunais e das forças armadas. A derrota no STF e a próxima desmoralização de Joaquim Barbosa como arbitrário serviçal do poder de fato trará impactos não apenas na consideração da instituição STF como foro republicano de justiça, mas imediata confusão naqueles que acreditaram piamente que a verdade era o Mensalão. As palavras de Barbosa aos seus não deixam dúvidas: isso é só o começo.
Algo parecido com o ocorrido ao final da guerra da Alemanha nazista, quando o povo alemão derrotado começou a ver o que de fato aconteceu durante aquele período onde apoiaram todas as "verdades" do regime. Perderam o chão. Claro que muitos insistirão na existência da corrupção generalizada do PT, mas bastará perguntar-lhes "baseado em que afirma, cadê as provas?", que o discurso se esvaziará.
Em breve começará o período eleitoral com Dilma ocupando espaços de TV e rádio, podendo falar o que a mídia censura. Não adiantará muita coisa a grande mídia insistir que "o STF é petista", até porque Joaquim Barbosa foi indicado por Lula. Agora, quando as pessoas virem que o seu "herói" atuou criminosamente para aumentar uma pena a inocentes escondendo provas haverá, no mínimo, confusão e desânimo.
A direita teme a "bolivarização" no Brasil a partir do arrombamento do portão da sua fortaleza, que seria o STF. Ou seja, que o judiciário seja imparcial ou até mesmo parcial para o outro lado, como na Venezuela. Tudo teria que mudar. Ameaças de golpismo poderiam ser punidas. Pior: saidas "à paraguaia" para destituir governos ficam inviabilizadas. Talvez a realidade não seja essa, mas para a direita o sentimento é esse, de perda profunda.
Os fatos recentes da Venezuela parecem mostrar-lhes que o futuro será um pesadelo. Ter que aceitar que o Estado sirva à maioria, e não apenas aos interesses de uma pequena elite. Que as tentativas de golpes serão isoladas. Que a eles só restará juntar os cacos e golpear provocando uma crise financeira, com escassez de mercadorias, com elevação brutal de preços, na tentativa de criar o caos e a intervenção militar.
A mudança na balança hegemônica também promete estragos a outros pilares da direita, como a grande mídia familiar. Na Argentina a suprema corte validou a Ley de Medios, e as grandes empresas estão sendo pulverizadas, democratizando a informação. Enfim, a direita se sente acuada enxergando a possibilidade de golpear ou arranjar um espaço ao sol em Miami. Resta ao outro lado fazer valer a hegemonia e ir às ruas lutar por maiores avanços nas conquistas sociais e democráticas.
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