Ontem o presidente norte-americano Barack Obama discursou na Bélgica para uma platéia de representantes de países europeus relembrando as alianças entre os EUA e a Europa nas grandes guerras. Pelo método indutivo, disse mais ou menos o seguinte: estávamos juntos na 1a Guerra, de novo na 2a Guerra e... por que não na 3a Guerra Mundial?
Obama parecia vestir a camisa da OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte - instituição militar criada para combater o bloco comunista durante a guerra fria. Com o fim desta, o desmantelamento da Cortina de Ferro e da União Soviética, perdeu seu sentido. Ainda mais com a criação da Comunidade Européia, que abrandou os sonhos militares das potências continentais. Mas a OTAN ainda tem serventia: ser o elo de ligação entre EUA e Europa, e dar a Obama um assento nas discussões do continente.
Hoje Obama vai a Roma falar com o Papa Francisco. Parece seguir um script da era medieval, pedindo a bênção para sua futura Guerra Santa contra a Rússia. Logo pressionará os países do BRICS para tentar isolar a Rússia. Não quer a criação de um mercado comum suprimindo o dólar das transações. Até a FIFA estão pressionando para impedir a Rússia de participar da Copa no Brasil.
Obama foi frontalmente atingido na sua "autoridade imperial" de chefe da única superpotência que sobrou da guerra fria porque Putin, primeiro-ministro russo, disse que "acabou o mundo unipolar". Soou como heresia esse desafio ao poder norte-americano. Para piorar, Putin passou a ser referência mundial contra a arrogância americana. Dentro e fora da Rússia.
Que poder? Com a economia carcomida pela crise, com os ataques dos republicanos aos poucos direitos sociais, sem recursos para atender às demandas dos estados, Obama busca resgatar popularidade e prestígio lançando-se a aventuras como a derrubada de governos
(Egito, Síria, Líbia, Ucrânia, Venezuela), e agora recriando o ambiente de guerra fria. Dá o ultimato ao mundo: ou está com a América, ou está contra ela. Isso não é novidade: George W Bush tentou o mesmo discurso na "guerra ao terrorismo" após o 11/9/2001.
O que Obama está por descobrir é que seus parceiros europeus já conquistaram o que queriam na Ucrânia e querem agora sair do jogo. Pouco importa a Criméia para eles, afinal, a grande derrotada com a incorporação à Rússia foi a OTAN e seu patrocinador, Obama. Queriam acabar com as bases navais russas em águas quentes (as demais congelam no inverno) e meter as mãos em mísseis e outros armamentos que poderiam ser redirecionados para a Rússia. Perderam.
Em menos de uma semana a Criméia passou a ser parte da Rússia, a Comunidade Européia conseguiu a capitulação da Ucrânia ao seu domínio, o FMI já está ditando as regras e Putin está garantindo suas tropas no novo território. Resta a Obama o anacronismo da guerra-fria. Pior: das cruzadas medievais. Até no Alasca já se fala em plebiscito para voltar à Rússia...
Obama parecia vestir a camisa da OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte - instituição militar criada para combater o bloco comunista durante a guerra fria. Com o fim desta, o desmantelamento da Cortina de Ferro e da União Soviética, perdeu seu sentido. Ainda mais com a criação da Comunidade Européia, que abrandou os sonhos militares das potências continentais. Mas a OTAN ainda tem serventia: ser o elo de ligação entre EUA e Europa, e dar a Obama um assento nas discussões do continente.
Hoje Obama vai a Roma falar com o Papa Francisco. Parece seguir um script da era medieval, pedindo a bênção para sua futura Guerra Santa contra a Rússia. Logo pressionará os países do BRICS para tentar isolar a Rússia. Não quer a criação de um mercado comum suprimindo o dólar das transações. Até a FIFA estão pressionando para impedir a Rússia de participar da Copa no Brasil.
"A coisa realmente excitante é saber que você faz parte do grupo que trouxe paz para o Oriente Médio daqui para sempre" |
Que poder? Com a economia carcomida pela crise, com os ataques dos republicanos aos poucos direitos sociais, sem recursos para atender às demandas dos estados, Obama busca resgatar popularidade e prestígio lançando-se a aventuras como a derrubada de governos
(Egito, Síria, Líbia, Ucrânia, Venezuela), e agora recriando o ambiente de guerra fria. Dá o ultimato ao mundo: ou está com a América, ou está contra ela. Isso não é novidade: George W Bush tentou o mesmo discurso na "guerra ao terrorismo" após o 11/9/2001.
O que Obama está por descobrir é que seus parceiros europeus já conquistaram o que queriam na Ucrânia e querem agora sair do jogo. Pouco importa a Criméia para eles, afinal, a grande derrotada com a incorporação à Rússia foi a OTAN e seu patrocinador, Obama. Queriam acabar com as bases navais russas em águas quentes (as demais congelam no inverno) e meter as mãos em mísseis e outros armamentos que poderiam ser redirecionados para a Rússia. Perderam.
Em menos de uma semana a Criméia passou a ser parte da Rússia, a Comunidade Européia conseguiu a capitulação da Ucrânia ao seu domínio, o FMI já está ditando as regras e Putin está garantindo suas tropas no novo território. Resta a Obama o anacronismo da guerra-fria. Pior: das cruzadas medievais. Até no Alasca já se fala em plebiscito para voltar à Rússia...
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