Formatura Inst. de Educação - Rio - 1947 |
Estudei o primário e ginásio em escolas públicas. Depois me graduei em duas universidades públicas. Muita gente da minha geração também, e tivemos bons profissionais. Com o tempo o nível das escolas decaiu, os salários se arrocharam, as escolas particulares passaram a concorrer diretamente e hoje há raras exceções de escolas públicas de qualidade compatível com as particulares.
O projeto de inclusão social começado por Lula e agora continuado por Dilma não pode parar apenas na erradicação do analfabetismo ou na maior escolaridade via Bolsa Família, Prouni, Ciência sem Fronteiras, Olimpíadas de conhecimentos, extensão da rede escolar, ônibus, etc. Tem que avançar bem mais. No ano passado, no rastro das manifestações de rua, Dilma conseguiu reservar o grosso dos recursos do pré-sal para a educação, vencendo os que queriam jogar o dinheiro nas prefeituras para quaisquer finalidades. De lá para cá a Petrobrás está batendo recordes em cima de recordes de exploração no pré-sal, e logo o fundo para a educação terá recursos bastante sólidos para perenizar um programa de educação de qualidade.
Vem por aí uma jornada de greves de professores. Por que Dilma não aproveita a oportunidade para anunciar um projeto de revolução na educação, com a programação de reajustes reais, acima da inflação, acima de um piso, por exemplo, de R$ 3 mil, seguido de um plano de carreira com forte apoio à requalificação, para num horizonte de 10 anos termos excelentes professores, bem pagos e motivados, fazendo a diferença? Que tal ampliar a oportunidade dos talentos que foram salvos da fome e da miséria para que consigam desenvolver seus potenciais e prover o país de bons cidadãos e profissionais?
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