sábado, 14 de junho de 2014

COPA : A colheita dos frutos do trabalho e do ódio

Foto do Jornal GGN
12 de junho de 2014. Dia histórico da abertura da maior Copa do Mundo da FIFA de todos os tempos. Brasil investiu R$ 8 bi em estádios mais R$ 16 bi em obras de mobilidade, aeroportos, portos, segurança e outras que ficarão como legado resolvendo problemas graves pré-existentes. Sete anos de muito trabalho, dificuldades, gargalos, oposições, descrédito, manipulações, mentiras e muito ódio pregado pelas mídias e pelos políticos. Enfim, hora de colher o fruto de tudo isso.

O fascismo sem cara perdeu essa batalha
A caminhada foi longa e tortuosa. Em 2007 a economia mundial bombava e havia ampla perspectiva de financiamento privado da Copa. Em 2008 a crise financeira americana contaminou todo o mundo e houve impasses sobre a continuação do projeto da Copa. Se Lula não tivesse escolhido o caminho do aquecimento da economia, a Copa não teria acontecido. Nem o Minha Casa, Minha Vida. Nem os programas sociais de inclusão teriam tanto fôlego. Simplesmente teríamos virado uma Grécia, Portugal ou Espanha, vivendo para mandar dinheiro para alimentar os países capitalistas centrais à custa dos empregos e salários.

Mas não foi assim, felizmente. Lula mandou gastar para alimentar as diversas cadeias produtivas para manter os benefícios. A Copa passou a ser um indutor na economia. Com as compras do evento (obras,equipamentos) e da aceleração de obras do PAC para convergir com junho de 2014, tivemos nas cidades imensos canteiros de obras. Muitas ainda continuarão, porque não eram para o evento. Os níveis de salários e empregos e a arrecadação de impostos mantiveram a economia aquecida e o PIB em alta.

Por outro lado os que defendiam a Copa em 2007 mudaram de lado. Dezoito cidades tinham interesse. A FIFA queria oito. Os interesses políticos de governadores e prefeitos falaram mais alto e ficamos com 12 sedes. Sem o investimento privado, o jeito foi os estados pedirem empréstimos ao BNDES. O governo federal não entrou com um centavo nos estádios, mas arcou com as obras complementares, que seriam feitas com ou sem Copa num prazo mais dilatado.

Exoesqueleto foi reduzido a isso pela Globo
Na mais sórdida campanha de oposição jamais vista no Brasil, a Copa passou a ser o alvo central da oposição política. O fascismo de grupelhos decretou: NÃO VAI TER COPA! E a grande mídia deu todo o apoio. Inviabilizar a Copa passou a ser o mesmo que derrotar o projeto do PT, de Dilma e Lula, e abrir caminho para a oposição de direita ganhas as eleições em 2014. Se possível, já sem eles no poder a partir de golpe, como o que foi tentado em junho de 2013 e acabou quando Dilma apresentou a proposta de Constituinte. Todos correram da raia.

O ódio foi alimentado diuturnamente. Sem direito à resposta pelo governo, o massacre atingiu as mentes de milhões de pessoas que passaram a crer que o país estava na pior situação possível, que o PIB não crescia, que iríamos passar vexame perante o mundo com o fracasso da Copa, enfim, amplificaram o Complexo de Vira-Latas descrito por Nelson Rodrigues. Seríamos uma nação fracassada por natureza, e só os estrangeiros conseguiriam realizar as coisas direito.

Dilma enfrentou tortura quando todos se calavam
Chegamos ao ponto de a uma semana da Copa não ver bandeiras nas janelas, nos carros, camisas amarelas e pessoas combinando onde ver os jogos, etc. Greves políticas e todo tipo de sordidez, como tentar inviabilizar os voluntários a quatro dias do evento ou não conceder alvará ao estádio da abertura dos jogos. PSDB querendo fazer dos estádios verdadeiras arenas eleitorais, pedindo à justiça para liberar campanha política que poderia resultar em violência.  O brasileiro não acreditou que haveria Copa até começar a transmissão da abertura do evento. Mesmo assim esperava por algo bombástico que parasse a Copa naquele momento.

Dilma torce pelo Brasil . Foto: Midia Faz Mal
Começava a sabotagem do evento "por dentro". Muita gente mais esperta sabia que se houvesse Copa, teria que ser a pior possível para continuar o estrago dentro da tese de jogar o fracasso na conta de Dilma e fazê-la perder votos. A TV Globo simplesmente desprezou a a imagem do chute inicial feito por um paraplégico usando um exoesqueleto que permitiria com comandos cerebrais mover uma máquina, que seria uma mostra ao mundo da nossa capacidade científica.

Mundo inteiro ligado na TV para ver a festa. Mais de um bilhão de pessoas. Show de estréia promovido pela FIFA simples, rápido mas bonito. Vem o Hino Nacional. O povo continua cantando mesmo quando a banda para. Lindo o fervor patriótico. Eis que da ala dos VIP do evento, pessoas que ganharam cortesias de multinacionais ou pagaram R$ 990 por ingresso, começa a baixaria com gente que deveria ser a elite em educação e cultura além de econômico-financeira puxando, por quatro vezes, o côro indecente "ei, Dilma, vá tomar...". O mundo todo viu sem entender o que era através dos milhares de repórteres presentes. Uma sordidez insólita, inédita, uma covardia misógena.

Dilma, ao lado da filha e de autoridades do governo, não se abalou. Sabia que haveria a baixaria a ponto de preferir fazer o discurso de abertura da Copa através de cadeia de rádio e TV dois dias antes, onde sem a histeria da elite enfurecida pôde explicar tudo e pedir apoio ao sucesso do evento. Eles não tiveram o gostinho de calar Dilma como seus pais e avós fizeram nos porões da ditadura que a torturou.

Passado o vexame, veio o jogo. O zagueiro brasileiro Marcelo por azar faz um gol contra, o primeiro da Copa. O suficiente para pessoas no estádio e fora dele, contrárias à Copa e associando o fracasso da seleção à potencial derrota de Dilma, comemoraram e foram mais além: postaram em redes sociais comentários racistas dizendo que o jogador fez isso por causa da cor da pele. Nisso alguns comunicadores sociais, como Marcelo Tas e Danilo Gentili, furiosamente teclavam seus tablets espalhando para milhões de pessoas a baixaria do côro contra Dilma, recebendo dos seus fãs outros milhões de curtidas.
Sabotagem que não colou
Danilo Gentilli : Péssimo exemplo para a juventude 
Vidente obsedado pelo ódio
O Brasil venceu. O povo gostou. Teve Copa, o que desagradou às oposições. Começaram a espalhar que o resultado foi comprado, que o show foi fraco, que Dilma não era para estar ali, que a baixaria foi procedente. Os candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) deram declarações na linha "Dilma colheu os frutos que plantou", validando toda a baixaria.

Esqueceram-se que o povo não é espelho deles. As pessoas têm decência. Famílias e crianças educadas não falam aquelas coisas, ainda mais para a representante máxima do país na frente de bilhões de pessoas. Aos poucos vieram as opiniões de repúdio, até de setores da mídia. Uma onda de indignação condenou a baixaria. Até na Globo houve algum tipo de condenação sem condenar, mas mostrando que teve gente de dentro que achou aquilo um absurdo. Aécio Neves recuou e prestou solidariedade quase um dia depois do atentado moral.

A oposição conheceu duramente um outro significado da sigla PT : Perda Total. Apostaram na greves, nas sabotagens, em chegar no dia 12 de junho sem estádios, sem festa, sem jogos. Em ver nos principais jornais do mundo a cara de Dilma com a tarja de fracasso, incompetência e tudo de negativo. Não avaliaram que em 2014 haveria a etapa AC - Antes da Copa, e DC - Depois da Copa. E naquele dia 12 houve o divisor de águas. E o período DC, o segundo turno da disputa política, começou com Dilma vitimizada e a condenação dos métodos de incitação ao ódio.

Como não acreditaram que Dilma venceria a guerra pela Copa, parece que também não cuidaram de um "Plano B" para o caso da Copa acontecer. O côro da baixaria já vinha sendo alimentado em eventos culturais, como no show do Rappa há duas semanas. A idéia deles era espalhar o "ei Dilma vai tomar..." para todos os eventos de massas como um mantra. Perderam sua bala de prata.

E agora? É cada um por si. Começou o período de um mês onde nada que não seja muito grave não sobressairá nos noticiários. Quem sabe que o Iraque está se desmilinguindo nas mãos de radicais numa ação veloz? Que tem uma guerra civil esquentando na Ucrânia? Que os preços do petróleo estão disparando? Que nada, agora o fato principal é a humilhação da Espanha pela Holanda.

O noticiário negativo sincronizado da mídia bandida esbarrará na alegria e na expectativa. A depressão que incutiram está cedendo espaço à realização do sonho da Copa no Brasil. Tudo que fizeram até aqui de destrutivo pode ser perdido com um punhado de jogos e vitórias do nosso times. A eles só resta torcer contra, como fizeram o tempo todo, para que percamos logo, saiamos da Copa, as pessoas percam o interesse, botem a culpa na Dilma e eles ganhem as eleições em outubro. Apostaram no fracasso e agora partirão para o desespero. Qual será a próxima sabotagem?



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