domingo, 10 de agosto de 2014

A quem serve e quanto vale a derrota de Dilma?

Mr Moneybags (fonte: www.politico.com)
Recentemente vimos a escandalosa intromissão do Santander, banco de capital espanhol, na campanha eleitoral brasileira, aterrorizando seus clientes mais ricos sobre os "riscos" da reeleição de Dilma. O mesmo fez a consultoria Empiricus, investindo uma fortuna na promoção de anúncios na internet falando das vantagens econômicas para o capital da vitória de Aécio e da derrota de Dilma. E ainda há o dado no mínimo inusitado da arrecadação da campanha de Aécio ter captado mais doações que a de Dilma, que está no poder e, em tese, deveria captar mais recursos pelo fato de ter movimentado o setor produtivo com obras, compras governamentais, etc. E Aécio ainda diz que precisa de mais, num claro apelo aos setores com interesses que não são os da maioria dos brasileiros.

A quem serve e quanto vale a derrota de Dilma? 

- Aos banqueiros, rentistas e especuladores  quem ter um governo que eleve o patamar de juros reais é fundamental como foi FHC, retirando também a concorrência de bancos públicos oferecendo crédito mais barato?
-  Aos capitalistas ineficientes que procuras aumentar a competitividade através da redução da folha de pagamento também, com um governo que arroche salários e suprima direitos sociais também?
- Às elites rançosas, demofóbicas, que querem acabar com a interlocução com movimentos sociais e retirar "privilégios" dados por Lula e Dilma (Bolsa-Família, Prouni, Mais Médicos, universidades, escolas técnicas, PRONATEC, Farmácia Popular, 192, Brasil sem Fronteiras, cotas, etc) e restaurar a absoluta supremacia dos ricos sobre os pobres?
- Aos neoliberais alinhados com o Consenso de Washington, que consideram o crescimento do PIB e o controle da inflação variáveis superiores ao nível de emprego e aumento real dos salários?
- Aos defensores do "estado mínimo" que propõem o enxugamento do serviço público, redução das despesas com programas sociais e aposentadorias e privatização de empresas como Banco do Brasil e Petrobrás?
- Ao imperialismo tradicional, liderado pelos Estados Unidos, a quem o Brasil incomoda com posições firmes na ONU (condenação a Israel pelo massacre em Gaza, tentativa de acordo nuclear com o Irã, liderança em blocos regionais como o BRICS, G-20, Mercosul, Unasul, unidade com governos anti-imperialistas na América Latina, soberania sobre riquezas naturais)?
- Ao latifúndio e aos desmatadores do agronegócio?
- Aos interessados na mudança do regime de concessão do Pré-Sal para favorecer estrangeiros?
- Às raposas corruptas que saquearam o país por 500 anos e definham a cada eleição?
- À mídia bandida patrocinada por interesses de todos os anteriores que definha por falta de credibilidade e concorrência direta com a Internet, que pretende manter impérios e forçar a censura aos demais?

Fica para reflexão e pode ajudar a entender a campanha bilionária de Aécio, um candidato que não teria votos por representar a minoria, mas é alavancado por todos os setores envolvidos nas questões acima para enganar o povo e ganhar a eleição. Não faltará dinheiro para derrotar Dilma e restaurar a bandalheira que penalizou os trabalhadores até 2002.

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