Com a publicação do resultado de R$ 3 bilhões de lucro no 3o trimestre de 2014, a mídia de oposição caiu de pau dizendo que esse resultado não leva em conta os R$ 88 bi, 78% do valor da Petrobrás, roubado pelos petralhas e outros a quem atribuem um descalabro inédito no Brasil, etc e tal.
Abusa-se do desconhecimento geral de contabilidade para afirmar essas sandices. Vamos para um exemplo claro: José é dono de uma padaria e seu irmão João é quem faz as compras. Só que esse irmão é um mau-caráter e ganha propina de 2% em cima da farinha, do leite, e apresenta a José as notas pagas para serem contabilizadas. O contador pega o que foi gasto, deduz do que foi vendido e daí sai o lucro. José considera o resultado bom e não desconfia de nada. Se o irmão não o roubasse, seu lucro seria maior. E assim se fez por anos. Aí se descobre a mutreta de João, que é afastado e José passa a prestar mais atenção nas compras. Seu lucro aumentou com essas medidas.
E se João, em vez de 2%, alguém dissesse ao dono que o irmão metia a mão em 50% sobre os insumos, e mesmo assim o lucro fosse satisfatório para José? Aí essa padaria seria um fenômeno. Ou então não eram 50%.
Desde que começaram as denúncias na Petrobrás que os controles se tornaram bem mais rígidos. A quadrilha atuava desde 1998, quando o presidente FHC afrouxou a lei de licitações para a Petrobrás e abriu a porta à roubalheira que se sucedeu. De lá para cá a Petrobrás nunca deu um resultado insatisfatório aos seus acionistas, sempre na média das outras empresas de petróleo do mundo. Que também têm seus problemas com cartéis de fornecedores. Os roubos eventualmente havidos reduziram os lucros apurados em todos esses anos e, aparentemente, não foram sentidos.
Porque a mídia oposicionista quer então que se some aos R$ 3 bi os R$ 88 bi que ela estima que tenham sido roubados ao longo do tempo, de uma vez só? Suponhamos que a Petrobrás aceitasse o argumento e dissesse: "é, fomos roubados, os acionistas deixaram de receber, então a gente vai pagar isso e depois vai cobrar dos ladrões". É isso mesmo que estão propondo? Que a empresa fabrique um lucro fictício e se endivide para pagar lucros aos acionistas?
Voltando ao caso do José e João: ou a Petrobrás é um fenômeno de petroleira bem administrada a ponto de dar bons lucros durante quase 20 anos e ninguém sentir o roubo de R$ 88 bi, ou a quantia não é essa. Segundo a Petrobrás, as empreiteiras envolvidas receberam um total de R$ 188,4 bi pelas obras realizadas desde 2004. A uma base de 3%, que foi o percentual divulgado pelos corruptos presos, o valor estimado com propinas seria de R$ 5,8 bi.
O que a mídia bandida e o mercado igualmente bandido querem é que a Petrobrás dê prejuízo nos seus balanços a partir de manipulações contábeis. Um dos interesses é de poder publicar que "o governo do PT levou a Petrobrás ao buraco". O outro, acabar mesmo com a credibilidade da Petrobrás para facilitar o discurso da privatização.
Abusa-se do desconhecimento geral de contabilidade para afirmar essas sandices. Vamos para um exemplo claro: José é dono de uma padaria e seu irmão João é quem faz as compras. Só que esse irmão é um mau-caráter e ganha propina de 2% em cima da farinha, do leite, e apresenta a José as notas pagas para serem contabilizadas. O contador pega o que foi gasto, deduz do que foi vendido e daí sai o lucro. José considera o resultado bom e não desconfia de nada. Se o irmão não o roubasse, seu lucro seria maior. E assim se fez por anos. Aí se descobre a mutreta de João, que é afastado e José passa a prestar mais atenção nas compras. Seu lucro aumentou com essas medidas.
E se João, em vez de 2%, alguém dissesse ao dono que o irmão metia a mão em 50% sobre os insumos, e mesmo assim o lucro fosse satisfatório para José? Aí essa padaria seria um fenômeno. Ou então não eram 50%.
Desde que começaram as denúncias na Petrobrás que os controles se tornaram bem mais rígidos. A quadrilha atuava desde 1998, quando o presidente FHC afrouxou a lei de licitações para a Petrobrás e abriu a porta à roubalheira que se sucedeu. De lá para cá a Petrobrás nunca deu um resultado insatisfatório aos seus acionistas, sempre na média das outras empresas de petróleo do mundo. Que também têm seus problemas com cartéis de fornecedores. Os roubos eventualmente havidos reduziram os lucros apurados em todos esses anos e, aparentemente, não foram sentidos.
Porque a mídia oposicionista quer então que se some aos R$ 3 bi os R$ 88 bi que ela estima que tenham sido roubados ao longo do tempo, de uma vez só? Suponhamos que a Petrobrás aceitasse o argumento e dissesse: "é, fomos roubados, os acionistas deixaram de receber, então a gente vai pagar isso e depois vai cobrar dos ladrões". É isso mesmo que estão propondo? Que a empresa fabrique um lucro fictício e se endivide para pagar lucros aos acionistas?
Voltando ao caso do José e João: ou a Petrobrás é um fenômeno de petroleira bem administrada a ponto de dar bons lucros durante quase 20 anos e ninguém sentir o roubo de R$ 88 bi, ou a quantia não é essa. Segundo a Petrobrás, as empreiteiras envolvidas receberam um total de R$ 188,4 bi pelas obras realizadas desde 2004. A uma base de 3%, que foi o percentual divulgado pelos corruptos presos, o valor estimado com propinas seria de R$ 5,8 bi.
O que a mídia bandida e o mercado igualmente bandido querem é que a Petrobrás dê prejuízo nos seus balanços a partir de manipulações contábeis. Um dos interesses é de poder publicar que "o governo do PT levou a Petrobrás ao buraco". O outro, acabar mesmo com a credibilidade da Petrobrás para facilitar o discurso da privatização.
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