sábado, 22 de agosto de 2015

Mediterrâneo 2015 - 002 - Preparando as malas (ou mochilas?)

VER TAMBÉM:
Mediterrãneo 2015 - 000 - Viagem da crise ao fundo da crise
Mediterrâneo 2015 - 001 - Estudando a Espanha

A cada viagem longa aprimoramos nossa bagagem e desta vez tentamos dar o grande salto para eliminar malas e viajar só com mochilas mas ainda não conseguimos. Novamente saímos com 16 kg em cada mala média, considerados alguns mantimentos, artigos de limpeza e remédios que serão consumidos no percurso. Para ver mais sobre organização leia nosso artigo EURÁSIA 2014 - 007 - Preparação de malas para grandes viagens. Reduzimos as mochilas que levamos a bordo dos aviões para levar só o essencial (valores e eletrônicos).

Planejamos viajar apenas na temporada de temperaturas altas e médias (nada abaixo de 20 graus) para não levar nenhum agasalho, o que geralmente dá muito volume. Quase todas as roupas são facilmente laváveis (dri-fit) e secam de um dia para o outro. Mesmo assim levamos o suficiente para lavar roupas de 10 em 10 dias. Poderia ser menos coisas, mas, já que estamos levando malas, por que não ter menos coisas para fazer todos os dias?

Na Europa em geral nossas acomodações são em hotéis baratos e hostéis, que usam normalmente velhos prédios adaptados. Não raramente encontramos alguns com banheiras e chuveiros e aí colocamos toda a roupa na banheira para lavar de uma vez com sabão em pó que levamos. Também faz parte do kit uma corda que colocamos projetada sobre banheiras e boxes para secar as roupas. Depois que param de pingar vão para dentro do ambiente com ar condicionado ou ventilação, onde secam rápido.

Por que malas e não mochilas? A preocupação é com o que acumulamos ao longo da viagem. Lembranças, pequenas compras, backups e mesmo dinheiro e cartões que não achamos conveniente levar conosco nas ruas, onde não tem cofre. Uma mala segura é melhor que uma mochila sem segurança. Claro que para quem rouba tanto faz levar uma ou outra, mas a preocupação é com bisbilhotagem pelas pessoas do hotel.

Não compramos muita coisa porque o dinheiro é contado e planejado. Nosso orçamento não deixa muita flexibilidade. O que trazemos é magnetos das cidades, mapas, guias, papéis dos locais visitados, recibos (para contabilização final), uma ou outra camisa de lembrança e muito pouca coisa para dar aos parentes e amigos. Jamais aceitamos encomendas, porque tempo de viagem é dinheiro. Os motivos estão no nosso post VIAGEM : A cilada das encomendas feitas aos viajantes

Mochilas pesadas ou com objetos como líquidos e cortantes têm que ser despachadas nos vôos e aí mora um grande perigo. Se abrem malas para roubar coisas, o que se dirá de mochilas. Poderíamos embalar com plástico, mas dá trabalho. No ano passado chegamos a comprar bobina de plástico para fugir ao que cobram nos aeroportos mas dá muito trabalho. Preferimos arriscar  com malas, mas com mochilas seria obrigatório.

Contra as mochilas ainda pesam a quantidade de bolsos onde as coisas ficam perdidas, tudo amassado, objetos que machucam as costas, dor nas costas, etc. Levar mais de 12 kg numa mochila começa a ser doloroso para pessoas beirando os 60 anos. Malas com rodinhas são melhores para a ergonomia.

No artigo citado anteriormente tem um check-list que pode ser útil a quem viaja. Desta vez eliminamos bastante coisas. Não que não façam falta, mas para os países planejados, por exemplo, levar cabo UTP para rede ou roteador onde há wi-fi de qualidade não se justifica, nem os vários tipos de adaptadores de tomadas, já que todas são do mesmo padrão e aceitam as nossas, exceto as de plug de 3 pinos.

Contra as malas temos os muitos trechos em ilhas e na Grécia, muitas subidas em ruas com calçamento em pedras irregulares. Também há metrôs muito antigos e não renovados, sem elevadores ou escadas rolantes, onde a mala tem que ser transportada por escadas. Um dia a gente chega ao ideal de mochilas com 10 kg. 

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