O Fantástico, sintonizado com a campanha de combate ao MST da grande mídia, mostrou neste domingo pessoas que anunciam na internet a venda de terras de projetos de reforma agrária, de forma ilegal, já que os assentados devem esperar no mínimo 10 anos para poder vendê-las. O sentido da matéria era criar opinião pública contrária à reforma agrária, apontando falhas que deveriam ser resolvidas com a efetiva fiscalização pelo poder público, mas que não desmerecem a necessidade da eliminação do latifúndio.
Uma cena passou batida, quando um dos ofertantes de terras ilegais disse que registrou um documento de compra da terra da mão de um assentado. Não sabia que os cartórios tinham poderes para registrar vendas ilegais. A reportagem não entrou nesse mérito, mas caberia perguntar ao Dr. Gilmar Mendes, presidente do STF, tão solícito na interferência contra os projetos de reforma agrária, querendo tirar-lhes as fontes públicas de financiamento, por que deixam cartórios de picaretas funcionarem e serem o motor da grilagem que tantos conflitos de terra provoca.
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