A verba indenizatória é uma dessas mordomias que vieram para pagar de novo o que os elevados vencimentos dos parlamentares já deveriam cobrir. Fora isso, os deputados podem encher os gabinetes de gente a um custo na base de R$ 100 mil. Movido a escândalos, o parlamento resolveu dar "transparência" a essa verba, colocando no portal da Câmara as prestações de contas.
Consultando uma pequena amostragem, nota-se que, não importa o partido, há um padrão de gasto abusivo em combustíveis, obscuros "serviços de assessoria" e , pasmem, divulgação das atividades parlamentares (impressão de panfletos, jornais, etc). Moral da estória: pagamos para que o eleito passe os 4 anos fazendo campanha para a próxima eleição, privilegiando-os em relação a outros candidatos não parlamentares. Também não dá para explicar como deputados de lugares pequenos, como o Distrito Federal, gastam em combustíveis mais de R$ 3.000. Desse jeito, vão faltar blocos de notas fiscais nos postos...
Detalhe: não está nessa verba a conta dos celulares, que chega, em média, a R$ 6.000,00 mensais. Nem o "auxílio moradia", que é pago até para quem já mora em Brasília. É o parlamento mais caro do mundo.
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