Que tal ter um mordomo que ganha R$ 12 mil de dinheiro público para cuidar das suas coisas particulares? Os Sarney têm, na casa da atual governadora do Maranhão em Brasília. Além, claro, dos empregos para cunhados, sobrinhos, etc e tal, sem a obrigação de ir trabalhar.
Não adianta o governo defender Sarney, como nos processos anteriores onde se deixou a corda esticar até o fim, porque desta vez há um interesse maior: a defesa da instituição Senado, cidadela maior do legislativo conservador. É lá que se barram os projetos de interesse popular, e de lá que saem os privilégios da elite. Até a Globo já andou fritando o seu concessionário do Maranhão.
Para não entregarem os dedos, vinte senadores pediram uma comissão externa para apurar os casos que Sarney não queria, envolvendo Ministério Público e TCU. E alguns tentam salvar o barco com uma reforma administrativa que, no frigir dos ovos, trocará seis por meia dúzia. Falta pressão social, nas ruas, e isso é difícil, porque quem tem o controle do movimento social é o PT, e a direita só faz movimento em aeroporto, e todos são cúmplices dessa bandalheira, por ação ou omissão. Fora Sarney, punição para todos os envolvidos e fim do Senado, é o mínimo que se pode propor para botar um perfuminho nessa podridão.
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