Quem pariu Sarney que o crie, era a regra até hoje. Fundador do Partido da Frente Liberal, o PFL ou Pefelê, para participar na chapa de Tancredo Neves na transição do regime militar, a velha raposa da Arena e tradicional aliado de qualquer governo, Sarney não poderia contar com as punhaladas que os seus velhos camaradas do DEM lhe deram hoje, ao pedirem o seu afastamento da presidência do Senado.
Quem o colocou na presidência do senado, disputando com o senador Tião Viana do PT do Acre, foi o DEMo, que compõs a chapa colocando o senador Heráclito Fortes como substituto imediato de Sarney. O PSDB tem outras razões para pedir a sua saída, já que se essa agonia durar mais, não sai CPI para fazer escândalo contra o governo. Acaba o ano, e Sarney fica lá, combalido, mas segurando as pontas.
Por incrível que pareça, Sarney agora vai depender do PT para sobreviver. Não que isso seja conseguido por piedade, mas sob ameaça do PMDB subscrever a CPI do DNIT, que o governo não quer. Chantagem é com eles mesmos. Sarney vai esperar tocar o gongo, já que está perto do recesso, e vai tentar ganhar fôlego nesse período.
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