Dois fatos relevantes e preocupantes para a segurança nacional acontecem em poucos dias: o anúncio da instalação de bases militares americanas na Colômbia e a visita do assessor de segurança nacional do governo Obama, general James Jones, oferecendo armas em troca de participação na exploração do pré-sal.
De uma só tacada, ameaçam as duas maiores reservas de riquezas nacionais: Amazônia e petróleo. A visita do general americano tira qualquer sutileza do diálogo, curto e grosso: queremos o seu petróleo, e damos em troca a possibilidade de vocês comprarem armas americanas inferiores às das forças armadas dos EUA e sistemas de defesa que podemos desativar remotamente ou coletar em paralelo todos os dados, a exemplo do SIVAM, sistema de controle aéreo da Amazônia, construído a partir de tecnologia e empresas deles. Se fosse para fazer negócios, mandavam alguém da área de comércio.
A questão é estratégica para eles, e disponibilizar o petróleo venezuelano com a derrubada de Chávez e influir na regulamentação do pré-sal no Brasil parecem ser metas de curto prazo. Obama e sua turma já viram que no Oriente Médio é muito custosa uma ocupação militar para garantir reservas de petróleo, já que as do território americano estão em vias de esgotamento ainda no governo Obama. Hoje o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, fará a visita a Lula, num esforço diplomático para vender a idéia de serem positivas as bases americanas no seu país. Entreguista e fantoche americano, Uribe é muito parecido com alguns brasileiros que querem trocar a estrela do PT por mais uma estrela na bandeira americana, e entregam tudo por umas merrecas. Deve vir para reforçar o discurso do general de Obama.
Precisamos de armamento americano para nos defender exatamente deles, potenciais agressores em busca de insumos ? O governo brasileiro até aqui tem sido coerente com a defesa da soberania sobre as riquezas, e não pode nem deve entrar na onda de Uribe nem no belicismo de Chávez. E dizer ao governo americano que pegue senha para entrar na fila de compras de petróleo, como qualquer outro cliente. Se é para entregar tudo, é só deixar a oposição regulamentar o pré-sal de forma lesiva ao país e passar a eles o governo em 2011.
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