A Câmara federal acabou de aprovar o reajuste de 8,8% para o Supremo Tribunal Federal e para o Ministério Público Federal. Os Correios estão em greve recusando a proposta de 9%. Na GM, a greve terminou com o reajuste de 8,3% e abono de R$ 1950. O presidente Lula acaba de falar na abertura da Assembléia Geral da ONU que uma das ferramentas usadas pelo Brasil para sair da crise foi a concessão de reajustes salariais acima da inflação. Enquanto isso, os banqueiros oferecem apenas a inflação de 4,5%, mesmo blindados da crise e ganhando muito dinheiro bancando a dívida pública sem riscos e cobrando altas tarifas.
Hoje em diversos estados haverá assembléias de bancários para decidir por paralizações a partir de amanhã, dia 24. O movimento sindical da CUT, amplamente majoritário no segmento bancário, é controlado pelo Planalto e insiste em usar como referência para índice de reajuste salarial o que for acertado na mesa de negociações da Federação Nacional dos Bancos - FENABAN e em abandonar a reivindicação por perdas salariais havidas desde o congelamento da era FHC. O poder aquisitivo dos trabalhadores de bancos públicos foi reduzido quase à metade. Mesmo pedindo a merreca de 10% insistem, por erro ou pela má-fé, de subordinar o reajuste salarial dos bancos públicos ao "mercado" representado pela FENABAN. O índice proposto pelos banqueiros é ridículo perto das conquistas de outras categorias.
Enquanto os bancários não romperem essa lógica de mesa única e não deflagrarem uma forte greve nos bancos públicos para forçar o governo a negociar índices de reposição, ficarão nos chororôs que sucedem a cada campanha salarial fechada pelos pelegos em conluio com os banqueiros para justificar a aplicação dos índices ao Banco do Brasil, Caixa, Banco do Nordeste, etc, como teto máximo e sem chances à recuperação do poder aquisitivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário