Enquanto dirigente sindical tiver recursos financeiros obtidos por impostos sobre os salários de trabalhadores, sem questionamento, os desvios de função de sindicatos, federações e confederações criarão mais privilégios para dirigentes e problemas para as suas bases. O mesmo vale para a organização sindical patronal, que também recebeu parte dos R$ 1,7 bi de "contribuição sindical", apelido do velho Imposto Sindical do varguismo inspirado no fascismo.
A CUT, enquanto era autônoma, defendeu o fim do imposto sindical, entendendo que as entidades deveriam receber apenas as contribuições de trabalhadores baseadas nas filiações e nas taxas de fortalecimento das entidades, estas pagas quando das conquistas de direitos trabalhistas. Tudo opcional, votado em assembléia, e não impostos. No ano passado, todas as centrais, paradoxalmente, apoiaram um projeto que ampliou o espectro dos beneficiários pelo imposto sindical. Hoje a burocracia sindical pode viver feliz sem prestar contas a ninguém, fazer seus conchavos políticos e prejudicar os trabalhadores a quem deveriam defender praticamente sem ameaças. E as entidades sindicais viraram aparelhos políticos dos mais diversos matizes, sendo predominantes as cooptadas pela política de controle social do governo Lula.
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