A Light foi privatizada por FHC para a estatal francesa EDF. Em 2006, Aécio Neves participou, via CEMIG, do consórcio que comprou a parte francesa, ficando com 25%, o Banco Pactual com 25%, o Grupo Andrade Gutierrez com 25% e a Luce do Brasil com outra parte igual. Desde então é aplicada a fórmula do capital privado à gestão da Light : investimento mínimo, baixo custo em manutenção de rede, demissão em massa de funcionários e substituição por terceirizados de baixa qualificação e direitos trabalhistas precarizados. Tudo isso para maximizar lucros.
Enquanto eles ganham dinheiro, o carioca sofre. O cidadão está fazendo um trabalho no computador, falta luz, perde tudo, e a Light diz que vai indenizar com uma merreca por cada hora de energia que faltou. Shopping-centers fechados por falta de luz o dia todo. Trânsito parado por falta de energia para a sinalização. Um inferno cujos responsáveis a grande mídia não mostra, porque blinda os irresponsáveis tucanos. E pode piorar, porque a CEMIG quer comprar a AMPLA, outra concessionária de energia que atua no estado do Rio de Janeiro.
Atualizando uma antiga rima que ouvia quando era criança sobre a falta de água e luz no Rio, a nova ficaria assim:
"Rio de Janeiro
Estado que seduz
Num dia roubam os royalties
Noutro dia apagam a luz. "
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