Apesar da decisão judicial que obriga o sindicato dos rodoviários a manter 60% da frota, hoje aqui em Brasília era raro ver um ônibus circulando. Até os transportes piratas não davam conta da demanda. Em assembléia agora há pouco, a categoria resolveu manter a greve. A mobilização começou no dia 10 de junho, foi suspensa e voltou com força total.
Os trabalhadores reivindicam o reajuste salarial de 20% e a renovação dos benefícios do acordo coletivo anterior. As empresas aproveitam o movimento para tentar ganhar dinheiro também. Alegam que para atender às reivindicações, precisariam que o governo aumentasse as passagens em 28%. Até agora, o governo do DF não se pronunciou sobre aumento.
Muito estranha a atitude dos patrões. Os motoristas reclamam que o ônibus que deveria pegá-los em casa para irem às empresas cumprir a decisão judicial não está passando, e por isso os ônibus não circulam. Parece locaute dos empresários, ou seja, sonegam os ônibus para forçar o aumento nas passagens, que é abusivo, já que a mão-de-obra é um dos insumos da planilha de custos, sendo o mais pesados os itens referentes à manutenção e insumos para a frota.
Por que querem 28%? Quem tem que pagar o reajuste dos trabalhadores é a margem de lucro dos patrões, que deve ser bem alta, pois em Brasília temos passagens muito caras, mais que em outras capitais.
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