Há algum tempo vi na TV uma declaração do Secretário de Segurança Beltrame que tráfico havia em todo o mundo, mas com ocupação territorial por grupos com armamentos pesados estabelecendo um estado paralelo, só no Rio. O combate a esses grupos e seus armamentos é o foco, restando o tráfico clandestino, que não se extingue com as UPPs. Seria uma tática do tráfico recolher os armamentos para suas principais bases e assimilar as UPPs, continuando a vender drogas na "normalidade"?
Como as áreas anteriormente dominadas pelo tráfico estão se abrindo ao acesso com segurança, os consumidores podem entrar tranquilamente sem o pretexto de procurar pedreiros ou pagar às empregadas, e simplesmente frequentar bares, restaurantes e outros ambientes onde o tráfico pode fazer a abordagem.
Beltrame disse que já teria condições de bater de frente com os principais focos onde se sabe que estão concentrados armamentos e soldados do tráfico, como os complexos da Maré e do Alemão, mas o cronograma de ocupações parece obedecer a prioridades como impactos na rentabilidade, atender a interesses especulativos (valorização de até 400% dos imóveis próximos) e segurança da Copa de 2014 e Olimpíada de 2016. Ontem ocuparam o Morro do Andaraí, vizinho ao Borel, sem resistência, o que é muito estranho, observado o histórico de enfrentamentos anteriores.
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