No seu programa Brasil Urgente, o apresentador da Rede Bandeirantes José Luiz Datena passou 50 minutos dizendo que um crime bárbaro só poderia ter sido cometido por ateus, e coisas do gênero, desconhecendo que uma concessão pública de TV não pode ser usada para fins preconceituosos.
O Ministério Público Federal em São Paulo quer uma retratação de Datena . A ação civil pública, com pedido de liminar, solicita que a Rede Bandeirantes de Televisão seja obrigada a exibir, durante o programa "Brasil Urgente", um quadro com retratação das declarações ofensivas às pessoas ateias, bem como esclarecimentos à população acerca da diversidade religiosa e da liberdade de consciência e de crença no Brasil, com duração de no mínimo o dobro do tempo usado para exibição das mensagens ofensivas (fonte: Isto é On Line).
O MPF deveria levar sua iniciativa aos demais programas que usam concessões públicas para pregar preconceitos e princípios religiosos, fazendo prevalecer o princípio constitucional da laicidade do estado. Nenhum instrumento público pode ser usado para fins religiosos, e a falta de um limite a essa irregularidade está levando a atitudes como a de Datena, de ofender as pessoas que não têm um ou mais deuses como referências espirituais. Basta ligar a TV para ver discursos preconceituosos em relação a opções sexuais, pregando a submissão da mulher, combatendo o aborto, fazendo política partidária e de religião contra religião.
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