Como previram os países que se abstiveram na ONU na votação de intervenção militar, incluindo-se o Brasil, a resolução aprovada permite qualquer coisa que as superpotências queiram fazer por lá, a título de "defender vidas". A idéia era nivelar o conflito, tirando a vantagem aérea de Kadafi, mas desde o início o que se fez foi um escancarado apoio às tropas opositoras, com bombardeios de prédios públicos, tanques, tropas, soldados e mesmo de civis em Trípoli e outras cidades.
A princípio, os rebeldes sairam retomando as cidades estratégicas para a venda de petróleo ao exterior, e anunciaram que começariam a retomar a operação de exportação. Num segundo momento, Kadafi reagrupou suas tropas e retomou tudo. Depois os rebeldes voltaram, e Kadafi os expulsou. Nisso, muita gente vai morrendo, muito mais que os civis que se pretendia salvar com a intervenção militar.
Kadafi propôs abrir a discussão política, fazer reformas, etc. Nem os rebeldes, achando-se fortes com o apoio das potências, nem estas, querem saber disso: só a derrota completa de Kadafi interessa. Apesar do discurso das potências, não cedem aos rebeldes as armas necessárias à continuação do combate, e o massacre continua. E se der as armas, o massacre continuará, com sinal contrário.
Parece que para os interesses do capital ter uma Líbia completamente arrasada e indefesa, vendendo petróleo a preço de banana, é a grande meta agora, pouco se importando quantos vão morrer ou quem vai vencer. Os saqueadores não ocuparão a Líbia com soldados, mas entrarão com tudo para reconstruí-la cobrando um alto preço em troca do petróleo.
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