O que vem causando estranheza é a movimentação para criar factóides, ou seja, eventos fora do gramado que levam o time à projeção na imprensa. Com a tragédia da escola de Realengo, vimos a presidente do Flamengo, vereadora tucana Patrícia Amorim, levando uma camisa do Flamengo a um dos feridos. O deputado Roberto Dinamite (PMDB), presidente do Vasco, também visitou vítimas do atentado. Até aí vai um misto de factóide (fato político em cima de qualquer coisa para chamar a atenção) e solidariedade necessária. Vários clubes de futebol pelo país fizeram homenagens ontem. Até o show do U2 em São Paulo homenageou.
Hoje vi a equipe do Flamengo na Academia Brasileira de Letras fazendo homenagem aos 110 anos do escritor e torcedor rubronegro José Lins do Rego. Segundo a presidente do clube, o escritor foi quem melhor soube dizer o que é ser Flamengo. Ronaldinho Gaúcho recebeu a medalha Machado de Assis, a maior condecoração da ABL. Legal a homenagem ao escritor, pois demonstra o afeto do clube com os seus ilustres torcedores.
Já a medalha ao jogador faz parte do jogo político da entidade, bem descrito em "Farda, Fardão, Camisola de Dormir", de Jorge Amado, mas que é uma daquelas coisas esquisitas, isso é. Até o Obama já entrou nessa onda de factóides. O ruim é que ele, com o Manto Sagrado que tomou da presidente do Flamengo, vai ficar mais poderoso ainda.
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