Esse é o tipo de assunto que dá morte por lá. Petróleo e armamentos dirigem a política americana há mais de um século. Provocam as guerras, que penalizam famílias americanas, em nome da "defesa da liberdade". Uns, vendendo as armas. Outros, saqueando as riquezas naturais dos países conquistados. Hoje o galão da gasolina está chegando a US$ 4 por barril, ou R$ 1,70 por litro, algo barato para nós mas impensável para a classe média americana.
Obama quer tirar o subsídio para jogar no desenvolvimento de energias alternativas, forçando a matriz energética a depender menos do petróleo. A estratégia é correta e corajosa, para não dizer suicida. Desde o vazamento de petróleo da BP no Golfo do México, congelou a exploração em várias áreas do Alasca, no Ártico, e no oceano Pacífico. Arrochou a fiscalização, especialmente nas áreas próximas a santuários ecológicos no Alasca, terra da sua potencial adversária eleitoral, Sarah Palin.
Com a redução dos subsídios, será natural que os preços dos combustíveis subam. A não ser que forcem algum país a vender petróleo abaixo do preço do cartel. Venezuela e Equador são as bolas da vez. Um "estudo" do "conceituado" IISS, Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, de origem inglesa, baseado em documentos fornecidos pela Colômbia (inimiga da Venezuela e do Equador) que teriam sido pegos de um guerrilheiro morto das FARC, "mostra" a relação próxima entre ambos os países e as FARC.
Claro que a mídia deu amplo destaque ao "estudo", ainda mais que a Colômbia liberou bases para uso pelos americanos. Daí a uma intervenção armada " para resgatar a democracia" em ambos os países produtores de petróleo seria um passo. Os caras são bons nisso. Um inimigo público sumido e gasolina mais barata seriam ingredientes imbatíveis numa disputa eleitoral.
Obama deveria ser alertado que as relíquias do Mengão devem ser usadas apenas para fins pacíficos. A única destruição permitida é a da marra dos timinhos que cruzam o caminho da maior nação do mundo.
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