Noutro dia Ricardo Teixeira disse que faria a maldade que quisesse, porque ele tinha todo o poder. Esqueceu-se que a presidente Dilma Roussef, com aquela cara de professora durona, tem bem mais poder que ele: ela representa o Brasil, que banca a festa da FIFA e da CBF com bilhões dos cofres públicos. E tomou as dores de Pelé, nomeando-o "embaixador da Copa", cargo figurativo, sem remuneração, mas com uma única finalidade: sacanear o ditador da CBF durante todo o período, obrigando-o a conviver com o desafeto.
Para completar o esculacho, no seu discurso Dilma enalteceu Pelé, chamando-o de "querido", e para desgosto de Teixeira, após elogiado pela presidente, os 2000 participantes aplaudiram efusivamente o Rei.
Do lado de fora, o forte aparato policial barrou a manifestação de professores em greve, que protestavam contra Sérgio Cabral, e de torcedores que reclamam da dinheirama que está sendo gasta com a Copa, a começar da festa na Marina da Glória para o sorteio, que teria custado mais de R$ 30 milhões aos cofres do estado e prefeitura. A grande imprensa, que quer ver Teixeira pelas costas, vem dando amplo apoio tanto ao esculacho da presidente quanto a qualquer manifestação pela derrubada do presidente da CBF, envolvido em escândalos de corrupção.
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