Há alguns anos, o evento mais badalado para a economia mundial não é mais a reunião do G-8, mas o Congresso do Partido Comunista Chinês. De fábrica a locomotiva do mundo, a China é o grande "player" do capitalismo, tomando o lugar de protagonista dos norte-americanos. O governo chinês controla a maior reserva de mais-valia do planeta, oferecendo mão-de-obra extremamente mais barata que nos países capitalistas para assegurar altos lucros aos investidores, que racham os resultados com o estado dito comunista. O Vietnã também entrou nessa, e Cuba está na fila.
Da parte dos americanos, o que se vê é o habitual desprezo com o que acontece no "resto do mundo". Democratas e republicanos engalfinham-se de olho nas eleições de 2012, e não se importam se o mundo capitalista está de cabelos em pé esperando pelo que vão resolver até o dia 2 de agosto, data programada para começar o calote americano: títulos públicos poderão não ser honrados, funcionários podem perder seus salários, tropas podem ficar sem suprimentos, o pouco de saúde pública pode ficar sem recursos, enfim, o caos.
Aposto que não chegarão a isso, mas irresponsavelmente levarão os mercados à loucura, pensando apenas no umbigo deles. Será que ainda veremos os americanos expropriando o capital chinês? Marx, Engels, Lenin e outros devem estar se levantando das covas com um paradoxo desses. Bem que os republicanos dizem que o Obama é meio comunista. Pelo visto, mais à esquerda que os chineses.
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