Depois de 50 dias afastado do Brasil comecei ontem a ler todas as revistas semanais e jornais que ficaram empilhados na nossa ausência. Comecei por uma Isto É de 12/10/11, que falava da queda de braço do governo Dilma com a FIFA, que cada vez mais quer alterações na legislação brasileira para obter mais lucros.
Os cartolas querem o fim da meia-entrada, fazer venda casada de ingressos com pacotes turísticos, e liberdades para tornarem a Copa uma caixa-preta, inacessível ao controle soberano brasileiro. Como um patrocinador será uma cervejaria, querem o fim da proibição de venda de bebidas nos estádios, que vigora desde 2008 no Campeonato Brasileiro. O governo vem se recusando a fazer concessões, recebendo críticas da FIFA sobre o atraso na infra-estrutura, ameaças de tirar cidades da Copa, etc.
A Copa no Brasil corre risco? Todo mundo sabe que não. Ninguém troca pneu com o carro andando. A Copa será o que o Brasil quiser que seja, estrebuche ou não a FIFA. Mas, se o governo não quer dar mais à FIFA, que caia o governo. Incrivelmente, três semanas depois da matéria, surgiu do nada um ex-PM filiado ao PC do B para denunciar o ministro Orlando, sobrando até para o Carlos Lupi, do Trabalho, e para o governador do DF e ex-ministro dos esportes Agnello acusações de corrupção no desvio de recursos para ONGs. Ontem, a troca de ministros, saindo Orlando Silva e entrando Aldo Rebelo, também do PC do B, pareceu uma substituição de jogadores da mesma equipe. Todo mundo era aplaudido, a Presidente Dilma elogiou todo mundo, e qualquer um que visse a cena perguntaria: se está tudo bem, por que estão mudando?
Com isso o governo conseguiu colocar um político mais experiente nesse ministério-chave, ao mesmo tempo que o tira da discussão do Código Florestal, onde vinha contrariando o Planalto. Dilma não fez por menos e mandou auditar todas as ONGs que têm contratos com o governo, uma medida saneadora que vai lhe evitar aborrecimentos futuros. Não se enfraqueceu o governo com um desgaste profundo, o que alimentará as forças pró-FIFA a investir em novas aventuras. E Agnello? Bem, Brasília quer a abertura da Copa, e requentar denúncias contra ele é coagir no sentido de tê-lo como aliado em busca de concessões.
Os cartolas querem o fim da meia-entrada, fazer venda casada de ingressos com pacotes turísticos, e liberdades para tornarem a Copa uma caixa-preta, inacessível ao controle soberano brasileiro. Como um patrocinador será uma cervejaria, querem o fim da proibição de venda de bebidas nos estádios, que vigora desde 2008 no Campeonato Brasileiro. O governo vem se recusando a fazer concessões, recebendo críticas da FIFA sobre o atraso na infra-estrutura, ameaças de tirar cidades da Copa, etc.
A Copa no Brasil corre risco? Todo mundo sabe que não. Ninguém troca pneu com o carro andando. A Copa será o que o Brasil quiser que seja, estrebuche ou não a FIFA. Mas, se o governo não quer dar mais à FIFA, que caia o governo. Incrivelmente, três semanas depois da matéria, surgiu do nada um ex-PM filiado ao PC do B para denunciar o ministro Orlando, sobrando até para o Carlos Lupi, do Trabalho, e para o governador do DF e ex-ministro dos esportes Agnello acusações de corrupção no desvio de recursos para ONGs. Ontem, a troca de ministros, saindo Orlando Silva e entrando Aldo Rebelo, também do PC do B, pareceu uma substituição de jogadores da mesma equipe. Todo mundo era aplaudido, a Presidente Dilma elogiou todo mundo, e qualquer um que visse a cena perguntaria: se está tudo bem, por que estão mudando?
Com isso o governo conseguiu colocar um político mais experiente nesse ministério-chave, ao mesmo tempo que o tira da discussão do Código Florestal, onde vinha contrariando o Planalto. Dilma não fez por menos e mandou auditar todas as ONGs que têm contratos com o governo, uma medida saneadora que vai lhe evitar aborrecimentos futuros. Não se enfraqueceu o governo com um desgaste profundo, o que alimentará as forças pró-FIFA a investir em novas aventuras. E Agnello? Bem, Brasília quer a abertura da Copa, e requentar denúncias contra ele é coagir no sentido de tê-lo como aliado em busca de concessões.
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