Atribui-se ao escritor Otto Lara Resende a frase : "o mineiro só é solidário no câncer". Desconheço as razões para que o autor a proferisse, mas diante da doença do ex-presidente Lula, há que se repensar: será que a mídia é solidária na hora do câncer?
Ontem estava vendo o Jornal Hoje da Globo e uma repórter iria trazer ao vivo, do Hospital Albert Sabin, em São Paulo, as últimas notícias sobre o estado de saúde de Lula. Eis que, de surpresa, aparecem dois imbecis que a derrubam para mostrar suas caras às câmeras, certamente sabendo da audiência garantida dos que se preocupam com Lula e dos que o odeiam e esperam pelo pior. Depois os babacas foram para o Twitter atrás dos seus 128 caracteres de glória. E outros babacas lhes garantiram um "trending topics", o Nirvana dos medíocres que querem aparecer.
Mais tarde, na Globonews, a jornalista Cristiana Lobo, tratando da doença de Lula com o respeito que merece, levantou uma hipótese que referenda Otto Lara: o câncer aumenta a popularidade das pessoas, e isso aconteceria com Lula também. Dilma teve seu momento de sensibilização pública. José de Alencar, idem. Mário Covas e outros também. Se isso acontece, será um duro golpe para os que se dedicaram a desconstruir Lula após sua saída do governo, pois as pessoas tenderão a olhar para ele com mais piedade.
Por essa "solidariedade no câncer", os inimigos de Lula ficam numa sinuca de bico: se piora o estado de saúde, vira um Tancredo Neves, com direito a mídia diária inspirando orações e pena. Se falece, vira mártir, e ninguém mais pode bater, reservando-lhe o papel mítico como grande estadista e presidente. Se fica bom logo, a mídia e os outros cânceres nacionais não poderão dar em Lula as bordoadas de praxe, porque o povo entenderia ser maldade com um homem doente.
Espero que Lula se recupere logo, e se comprometa a fazer uma campanha contra o fumo que tanto consome, e causa todo tipo de doença. Seria um grande exemplo para as futuras gerações.
Ontem estava vendo o Jornal Hoje da Globo e uma repórter iria trazer ao vivo, do Hospital Albert Sabin, em São Paulo, as últimas notícias sobre o estado de saúde de Lula. Eis que, de surpresa, aparecem dois imbecis que a derrubam para mostrar suas caras às câmeras, certamente sabendo da audiência garantida dos que se preocupam com Lula e dos que o odeiam e esperam pelo pior. Depois os babacas foram para o Twitter atrás dos seus 128 caracteres de glória. E outros babacas lhes garantiram um "trending topics", o Nirvana dos medíocres que querem aparecer.
Mais tarde, na Globonews, a jornalista Cristiana Lobo, tratando da doença de Lula com o respeito que merece, levantou uma hipótese que referenda Otto Lara: o câncer aumenta a popularidade das pessoas, e isso aconteceria com Lula também. Dilma teve seu momento de sensibilização pública. José de Alencar, idem. Mário Covas e outros também. Se isso acontece, será um duro golpe para os que se dedicaram a desconstruir Lula após sua saída do governo, pois as pessoas tenderão a olhar para ele com mais piedade.
Por essa "solidariedade no câncer", os inimigos de Lula ficam numa sinuca de bico: se piora o estado de saúde, vira um Tancredo Neves, com direito a mídia diária inspirando orações e pena. Se falece, vira mártir, e ninguém mais pode bater, reservando-lhe o papel mítico como grande estadista e presidente. Se fica bom logo, a mídia e os outros cânceres nacionais não poderão dar em Lula as bordoadas de praxe, porque o povo entenderia ser maldade com um homem doente.
Espero que Lula se recupere logo, e se comprometa a fazer uma campanha contra o fumo que tanto consome, e causa todo tipo de doença. Seria um grande exemplo para as futuras gerações.
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