quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Bradesco nomeia diretora. BB virou Clube do Bolinha

Depois de 69 anos de existência, o Bradesco nomeou uma diretora e isso rendeu mídia. Já o Banco do Brasil, banco público, continua sem uma só mulher em cargo de direção. É só conferir neste link .

No seu Balanço Social do Relatório Anual de 2010, o BB mostra a involução do número de mulheres em cargos de chefia em relação a 2009, de 36,5% para 34,6%, apesar da quantidade de funcionárias ter aumentado de 42.330 para 44.921. O relatório diz que o BB fechou 2010 com 109.026 funcionários, representando as mulheres 41,2% dos trabalhadores.

Não se trata de defender cotas para mulheres em direções de empresas, mas será que numa empresa multicultural como o Banco do Brasil, que tinha em 2010, segundo o Relatório,  53.073 pessoas com curso superior e 24.539 com pós-graduação, mestrado ou doutorado, divididos provavelmente na mesma proporção entre homens e mulheres, não tem nenhuma funcionária habilitada a cargo de direção? Por que já teve mulheres na diretoria e não tem mais? Dona Dilma sabe desse Clube do Bolinha na direção do BB, onde mulher não entra?


7 comentários:

  1. Será que se nomearem mais mulheres na direção irão mudar a postura e cumprir a JORNADA DE 06 (SEIS) HORAS de trabalho determinada no artigo 224 da CLT?

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  2. BB e CEF são réus na justiça do trabalho em praticamente todo o país por descumprir a legislação trabalhista brasileira. A jornada de oito horas para cargos técnicos, sem qualquer poder de mando ou gestão, é ilegal e tornou-se um verdadeiro câncer nessas empresas.

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  3. Se a Presidente Dilma não foi avisada pelos seus assessores, agora não tem mais desculpa. Mandamos a mensagem abaixo para o Fale com a Presidenta, canal direto com Dilma. É mais fácil eleger uma presidente que chegar à direção do BB.

    Sra. Presidente Dilma Roussef,

    Apesar dos esforços do seu governo para empoderar as mulheres e tentar equilibrar o acesso ao poder entre os gêneros, o Banco do Brasil continua com toda a sua direção (mais de 60 cargos) todos em mãos de homens.

    Hoje na empresa 42% do funcionalismo é composto por mulheres, grande parte com formação superior, pós-graduação, mestrado e doutorado.

    Não se trata de defender cotas para mulheres na direção de empresas públicas, mas gostaríamos de mostrar essa situação de desequilíbrio que desestimula as mulheres a buscar objetivos maiores em suas carreiras.

    Atenciosamente,
    Fernando Branquinho

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  4. De nada adianta ser mulher, se rezar pela mesma cartilha do clube do bolinha.
    Temos mulher em cargo muito próximo da direção, e na área de pessoas, que fez questão de demonstrar a todos a sua volta, sua indignação e inconformidade pelo banco não ter conseguido cobrar as horas da greve dos funcis.
    Imaginem uma figura dessas alçada a diretoria...como diria o Zé Bolinha Serra...TEMERÁRIO...

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  5. Caro (a) Anônimo (a),
    Há pessoas e pessoas. Num governo como o de Dilma, que tem ações sociais importantes e preza pela democracia, não cabe colocar quem quer que seja numa posição de direção em empresas públicas que tenha tendências fascistóides, sejam homens ou mulheres. Qualquer um que tenha visões anti-trabalhador deve ser descartado desse tipo de cargo de confiança.

    O machismo vigente pinça casos como esse para usar como regra geral para bloquear o acesso das mulheres aos cargos maiores. Ou coisas do tipo "mulher não tem coragem para cobrar metas, tirar sangue dos funcionários, nem estabilidade para segurar o tranco nas crises". Quero ver esses caras dizerem isso para a Presidente Dilma.

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  6. Eu me lembro de duas diretoras no BB: Glória Guimarães na DITEC e uma outra -- da qual não me lembro o nome -- na DILOG.

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  7. A diretora da DILOG era a Clara. Depois que ela e a Glória sairam, não entrou mais nenhuma. O Clube do Bolinha também está na BB DTVM. Nas demais controladas não há transparência das diretorias nos sites para vermos, mas deve ser regra geral, assim como nas gerências executivas do BB, onde deve haver uma ou outra mulher nos cargos.

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