Acabei de encarar 50 minutos de fila no Teatro Nacional de Brasília na vã esperança de conseguir ingressos gratuitos para o show de Paulinho da Viola hoje à noite, na programação do Festival Internacional de Artes de Brasília, promovido pelo Governo do DF. Decididamente, Brasília é muito civilizada, pela parte do povo, organizado, civilizado, com filas sem penetras e sem avanços nos ingressos. Aqui se respeita até faixa de pedestre. Isso, claro, do lado do povo.
Aberto o guichê, começou a distribuição de 2 ingressos por pessoa. Eu já sabia que iria dançar, pois contei a fila acreditando haver 1200 ingressos para distribuição. Se fosse um para cada, daria certo para mim. Além disso tinha a fila paralela dos idosos, que tinha prioridade. Em 15 minutos, acabou tudo. Um amigo que estava na fila meia hora antes de mim ficou a poucas posições de receber os ingressos, e contou quantas pessoas havia na frente dele: cerca de 200. Eu vi a fila dos idosos, com pouco mais de 100 pessoas. À base de dois ingressos para cada, isso dá, com boa vontade, 500 ingressos. No guichê falaram que havia no total 1.500 ingressos, e que foram colocados à disposição do público 800 deles.
Onde foram parar, com muito boa vontade, crendo que os 800 realmente foram ali distribuídos, os outros 700? No "pedágio das autoridades", claro. Todo político quer o seu. E ainda tem o interesse de gente do governo bajular algumas pessoas importantes. Uma verdadeira "nomenklatura", no estilo burocrático estalinista soviético. Uma "cota da carteirada" de cerca de 50%.
Havia no saguão do Teatro cerca de duas mil pessoas, que foram embora chupando o dedo. Brasília tem um enorme potencial para espetáculos, mas os preços são tão absurdos, que é comum o ingresso ser duas vezes mais caro que em Goiânia, que fica a uns 250 km daqui. Vale a pena fretar um ônibus, ir ao show lá, e ainda economizar dinheiro. Por que os shows encarecem em Brasília? Será que é porque as salas de espetáculo são estatais, e os promotores dos eventos têm que tirar nos ingressos efetivamente vendidos o faturamento de toda a platéia, considerando que metade não paga na tal "cota da carteirada"? Tomara que o Estádio Nacional fique pronto e seja local de shows para muita gente, de modo que a "cota da carteirada" deixe sobrar ingressos à vontade mais baratos. Não vai ter futebol mesmo por lá, então, que se façam espetáculos.
Falando em show grátis, na sexta passada estava sem muito o que fazer, e na passada para ir ao supermercado resolvi dar uma olhada nas luzes da cidade. Nas quadras parecia haver menos que no ano passado. No Eixo Monumental, os ministérios reciclaram cordões de lâmpadas de anos anteriores e botaram alguma coisa colorida sobre as lâmpadas existentes. Algo barato, que merecia ser checado pelo CGU para saber quanto foi efetivamente cobrado a título de enfeitar os órgãos do governo. No setor bancário, o BB era o mais evidente, com o Ed. Sede I apresentando num painel reciclado do ano anterior diversas mensagens enviadas por clientes. Muito interessante. A CEF investiu menos, aparecendo mais o topo do prédio que parecia um espremedor de limão incandescente.
Na torre de TV havia uma iluminação em forma de árvore de Natal, bem simples, com escala de apagamento. Parei por lá para ver, e do outro lado, onde tem a Feira da Torre, havia um show de hip hop grátis, com bastante gente. Já ia embora quando vi numa faixa que naquele dia haveria show do Geraldo Azevedo. Pensei até que já tivesse acontecido, mas me disseram que seria mais tarde. Nisso o lugar já esvaziava. No dia anterior teve o mesmo "mix", com show do Jorge Aragão começando muito tarde. Tudo de graça, sem muita divulgação, em horários difíceis de acesso. À meia-noite começou o show. Havia umas 1000 pessoas. Acho que nem o Geraldo Azevedo viu tão pouca gente num show dele. Quando ele se apresentava em Fortaleza qualquer lugar lotava, cobrando ingresso. Foi um privilégio para poucos, de graça.
Aberto o guichê, começou a distribuição de 2 ingressos por pessoa. Eu já sabia que iria dançar, pois contei a fila acreditando haver 1200 ingressos para distribuição. Se fosse um para cada, daria certo para mim. Além disso tinha a fila paralela dos idosos, que tinha prioridade. Em 15 minutos, acabou tudo. Um amigo que estava na fila meia hora antes de mim ficou a poucas posições de receber os ingressos, e contou quantas pessoas havia na frente dele: cerca de 200. Eu vi a fila dos idosos, com pouco mais de 100 pessoas. À base de dois ingressos para cada, isso dá, com boa vontade, 500 ingressos. No guichê falaram que havia no total 1.500 ingressos, e que foram colocados à disposição do público 800 deles.
Onde foram parar, com muito boa vontade, crendo que os 800 realmente foram ali distribuídos, os outros 700? No "pedágio das autoridades", claro. Todo político quer o seu. E ainda tem o interesse de gente do governo bajular algumas pessoas importantes. Uma verdadeira "nomenklatura", no estilo burocrático estalinista soviético. Uma "cota da carteirada" de cerca de 50%.
Havia no saguão do Teatro cerca de duas mil pessoas, que foram embora chupando o dedo. Brasília tem um enorme potencial para espetáculos, mas os preços são tão absurdos, que é comum o ingresso ser duas vezes mais caro que em Goiânia, que fica a uns 250 km daqui. Vale a pena fretar um ônibus, ir ao show lá, e ainda economizar dinheiro. Por que os shows encarecem em Brasília? Será que é porque as salas de espetáculo são estatais, e os promotores dos eventos têm que tirar nos ingressos efetivamente vendidos o faturamento de toda a platéia, considerando que metade não paga na tal "cota da carteirada"? Tomara que o Estádio Nacional fique pronto e seja local de shows para muita gente, de modo que a "cota da carteirada" deixe sobrar ingressos à vontade mais baratos. Não vai ter futebol mesmo por lá, então, que se façam espetáculos.
Falando em show grátis, na sexta passada estava sem muito o que fazer, e na passada para ir ao supermercado resolvi dar uma olhada nas luzes da cidade. Nas quadras parecia haver menos que no ano passado. No Eixo Monumental, os ministérios reciclaram cordões de lâmpadas de anos anteriores e botaram alguma coisa colorida sobre as lâmpadas existentes. Algo barato, que merecia ser checado pelo CGU para saber quanto foi efetivamente cobrado a título de enfeitar os órgãos do governo. No setor bancário, o BB era o mais evidente, com o Ed. Sede I apresentando num painel reciclado do ano anterior diversas mensagens enviadas por clientes. Muito interessante. A CEF investiu menos, aparecendo mais o topo do prédio que parecia um espremedor de limão incandescente.
Na torre de TV havia uma iluminação em forma de árvore de Natal, bem simples, com escala de apagamento. Parei por lá para ver, e do outro lado, onde tem a Feira da Torre, havia um show de hip hop grátis, com bastante gente. Já ia embora quando vi numa faixa que naquele dia haveria show do Geraldo Azevedo. Pensei até que já tivesse acontecido, mas me disseram que seria mais tarde. Nisso o lugar já esvaziava. No dia anterior teve o mesmo "mix", com show do Jorge Aragão começando muito tarde. Tudo de graça, sem muita divulgação, em horários difíceis de acesso. À meia-noite começou o show. Havia umas 1000 pessoas. Acho que nem o Geraldo Azevedo viu tão pouca gente num show dele. Quando ele se apresentava em Fortaleza qualquer lugar lotava, cobrando ingresso. Foi um privilégio para poucos, de graça.
A CEF investiu em show de fogos diários, pontualmente as 20:30hs, que continua acontecendo. Vsle a pena.
ResponderExcluirNão preciso dizer, que sou leitora assídua, mas continuo aguardando, um artigo sobre a parceria DOTZ & BB, que lesam, diariamente, os clientes do Banco.