Não é de hoje a idéia de botar um chip nos veículos para localização por GPS, um projeto chamado SINRAV. Bom para as seguradoras, péssimo para a privacidade das pessoas. A idéia estancou. A novidade agora é o SINIAV - Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos - que o governo quer implantar em todos os carros em 2014. Além de poder rastrear onde você anda, ainda vai dedurar para as barreiras policiais se o IPVA está atrasado, se tem multas, etc. Pior : pode controlar se você está acima dos limites, porque permitirá calcular a velocidade média nos trechos. Como o Tutor System, da Italia.
A princípio, ninguém pode ser contra a exigência de respeito às leis de trânsito. Nem a favor da sonegação tributária. Quem anda dentro da lei não deve ter nada a temer. Mesmo assim, os dados sobre a movimentação do seu carro ficarão arquivados em algum lugar. Como quem paga IPVA em dia e respeita os limites de velocidade é minoria, é previsível um tsunami de multas num primeiro momento. Depois, um tsunami de "cervejinhas" nas barreiras de fiscalização. A indústria da multa terá seus tempos de glória, pegando infratores mais fácil que pegar peixe em pesque-e-pague.
Como funciona o sistema? Cada veículo automotor terá um chip, como esses que são reconhecidos em cancelas de pedágios e mandam a conta para a casa do usuário. Nas ruas e estradas serão instalados pórticos com sensores e câmeras, que na passagem dos veículos capturarão os dados do chip. É como existe hoje, com reconhecimento ótico de placas existente em raros locais. Os dados serão encriptados e transmitidos "on line" para os computadores dos Detrans, que vasculharão a vida dos carros para ver se são roubados, procurados, de há taxas em atraso, etc.
Esses dados podem ser transmitidos instantaneamente para todas as unidades de fiscalização, podendo ser emitidas ordens de bloqueio contra os veículos irregulares. Ao passar por dois pórticos, a velocidade média no trecho entre eles será computada, podendo haver multa automática se a média for superior à velocidade permitida no trecho. Uma nova modalidade possível à Indústria da Multa com o upgrade tecnológico.
Caso o chip seja instalado, e todos os carros venham a tê-los, pedágios poderão ser cobrados em quaisquer vias a partir dos dados de circulação. Em São Paulo, que tem os pedágios mais caros do mundo e em grande quantidade, os atuais governantes poderão penalizar bem mais os veículos, arrecadando muito mais. O veículo que for pego sem chip também sofrerá penalidades.
Que o Brasil precisa de medidas duras para acabar com a chacina do trãnsito, concordamos. Que os carros devam estar regularizados, idem. Que o sistema iniba o roubo de carros, é válido. O problema é o uso que se fará dos dados, que serão encriptados na origem, mas depois arquivados em computadores do DETRAN, portanto vulneráveis à bisbilhotagem da vida alheia, a distribuição para golpistas, etc. O que serve para as autoridades de planejamento urbano usar como dados para reordenar o tráfego por sistemas inteligentes, também serve a um estado policialesco para controlar a vida dos cidadãos.
A princípio, ninguém pode ser contra a exigência de respeito às leis de trânsito. Nem a favor da sonegação tributária. Quem anda dentro da lei não deve ter nada a temer. Mesmo assim, os dados sobre a movimentação do seu carro ficarão arquivados em algum lugar. Como quem paga IPVA em dia e respeita os limites de velocidade é minoria, é previsível um tsunami de multas num primeiro momento. Depois, um tsunami de "cervejinhas" nas barreiras de fiscalização. A indústria da multa terá seus tempos de glória, pegando infratores mais fácil que pegar peixe em pesque-e-pague.
Como funciona o sistema? Cada veículo automotor terá um chip, como esses que são reconhecidos em cancelas de pedágios e mandam a conta para a casa do usuário. Nas ruas e estradas serão instalados pórticos com sensores e câmeras, que na passagem dos veículos capturarão os dados do chip. É como existe hoje, com reconhecimento ótico de placas existente em raros locais. Os dados serão encriptados e transmitidos "on line" para os computadores dos Detrans, que vasculharão a vida dos carros para ver se são roubados, procurados, de há taxas em atraso, etc.
Esses dados podem ser transmitidos instantaneamente para todas as unidades de fiscalização, podendo ser emitidas ordens de bloqueio contra os veículos irregulares. Ao passar por dois pórticos, a velocidade média no trecho entre eles será computada, podendo haver multa automática se a média for superior à velocidade permitida no trecho. Uma nova modalidade possível à Indústria da Multa com o upgrade tecnológico.
Caso o chip seja instalado, e todos os carros venham a tê-los, pedágios poderão ser cobrados em quaisquer vias a partir dos dados de circulação. Em São Paulo, que tem os pedágios mais caros do mundo e em grande quantidade, os atuais governantes poderão penalizar bem mais os veículos, arrecadando muito mais. O veículo que for pego sem chip também sofrerá penalidades.
Que o Brasil precisa de medidas duras para acabar com a chacina do trãnsito, concordamos. Que os carros devam estar regularizados, idem. Que o sistema iniba o roubo de carros, é válido. O problema é o uso que se fará dos dados, que serão encriptados na origem, mas depois arquivados em computadores do DETRAN, portanto vulneráveis à bisbilhotagem da vida alheia, a distribuição para golpistas, etc. O que serve para as autoridades de planejamento urbano usar como dados para reordenar o tráfego por sistemas inteligentes, também serve a um estado policialesco para controlar a vida dos cidadãos.
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