A Grécia voltou ao foco do cenário econômico mundial com as suas últimas eleições. O povo grego apoiou os partidos contrários ao plano de arrocho acertado entre socialistas e conservadores com o FMI e o Banco Central Europeu. Com a perda de maioria dessas duas forças políticas e o fracasso na tentativa de formar um novo governo, o presidente grego resolveu convocar novas eleições para junho, sem nenhuma garantia de solução do impasse.
Isso garante instabilidade certa por pelo menos mais um mês. O período também promete um aumento da escalada de protestos por toda a Europa. Nem a poderosa Alemanha, que vem passando ao largo da crise com bom nível de emprego e crescimento do PIB, escapou da contestação. O partido da primeira-ministra Angela Merkel perdeu feio as eleições parciais em duas das maiores regiões da Alemanha, numa clara indicação de desaprovação pela política de austeridade imposta pelo país na Europa. Além disso há outro tipo de descontentamento, mais à direita, pela Alemanha estar emprestando dinheiro a países falidos com alto risco de calote.
Ainda há um componente silencioso, que pode explodir a qualquer momento e afundar de vez a combalida economia mundial : Israel prepara um ataque ao Irã. Há poucos dias o governo de Netanyahu incorporou o partido Kadima, que estava na oposição, formando uma coalizão poderosa, vista por muitos analistas como uma pré-condição para dividir as responsabilidades em caso de guerra. Se essa nova frente de guerra for aberta, com resultados imprevisíveis principalmente para a circulação de petróleo no Golfo Pérsico, a elevação dos preços da "commodity" poderá ser o tiro de misericórdia em economias que dependem da importação do produto.
Com todo esse cenário, os capitais voláteis correm para portos seguros, como os títulos emitidos por países de economias mais sólidas, como EUA e Alemanha, e para a compra de moeda forte, como o Dólar, que neste momento inspira mais confiança que o Euro, que pode se desvalorizar com a eventual secessão de alguns países que hoje adotam a moeda e não podem desvalorizá-la para melhorar suas exportações.
O dólar a R$ 2 significa um aumento de 10% sobre o valor praticado no ano passado, do qual 5,4% foi comido pela inflação brasileira, custando cerca de 4,6% a mais para os brasileiros que invadem o resto do mundo. O governo insiste na existência do câmbio flutuante, mas está claro que não permitirá que o dólar suba mais que isso para evitar inflação. Se as exportações ficarem mais atraentes com a desvalorização do Real, poderá haver escassez de produtos para o mercado interno, causando inflação. Além disso, o encarecimento das importações tirará competitividade dos produtos no mercado interno, permitindo que os produtores aumentem suas margens elevando os preços.
Além do mais, o Brasil tem reservas de mais de US$ 300 bilhões, e pode vender a quantidade de dólares que quiser para conter ataques especulativos ao real. O câmbio parará onde o governo quiser, e isso ainda garante condições para viajar ao exterior, mesmo porque os preços estão se reduzindo em vários países por conta da crise, em especial hospedagem e alimentação. O mais preocupante para o viajante é a conjuntura política, pois haverá riscos de chegar a um lugar onde os transportes poderão estar parados ou até mesmo cair no meio de uma convulsão social.
Isso garante instabilidade certa por pelo menos mais um mês. O período também promete um aumento da escalada de protestos por toda a Europa. Nem a poderosa Alemanha, que vem passando ao largo da crise com bom nível de emprego e crescimento do PIB, escapou da contestação. O partido da primeira-ministra Angela Merkel perdeu feio as eleições parciais em duas das maiores regiões da Alemanha, numa clara indicação de desaprovação pela política de austeridade imposta pelo país na Europa. Além disso há outro tipo de descontentamento, mais à direita, pela Alemanha estar emprestando dinheiro a países falidos com alto risco de calote.
Ainda há um componente silencioso, que pode explodir a qualquer momento e afundar de vez a combalida economia mundial : Israel prepara um ataque ao Irã. Há poucos dias o governo de Netanyahu incorporou o partido Kadima, que estava na oposição, formando uma coalizão poderosa, vista por muitos analistas como uma pré-condição para dividir as responsabilidades em caso de guerra. Se essa nova frente de guerra for aberta, com resultados imprevisíveis principalmente para a circulação de petróleo no Golfo Pérsico, a elevação dos preços da "commodity" poderá ser o tiro de misericórdia em economias que dependem da importação do produto.
Com todo esse cenário, os capitais voláteis correm para portos seguros, como os títulos emitidos por países de economias mais sólidas, como EUA e Alemanha, e para a compra de moeda forte, como o Dólar, que neste momento inspira mais confiança que o Euro, que pode se desvalorizar com a eventual secessão de alguns países que hoje adotam a moeda e não podem desvalorizá-la para melhorar suas exportações.
O dólar a R$ 2 significa um aumento de 10% sobre o valor praticado no ano passado, do qual 5,4% foi comido pela inflação brasileira, custando cerca de 4,6% a mais para os brasileiros que invadem o resto do mundo. O governo insiste na existência do câmbio flutuante, mas está claro que não permitirá que o dólar suba mais que isso para evitar inflação. Se as exportações ficarem mais atraentes com a desvalorização do Real, poderá haver escassez de produtos para o mercado interno, causando inflação. Além disso, o encarecimento das importações tirará competitividade dos produtos no mercado interno, permitindo que os produtores aumentem suas margens elevando os preços.
Além do mais, o Brasil tem reservas de mais de US$ 300 bilhões, e pode vender a quantidade de dólares que quiser para conter ataques especulativos ao real. O câmbio parará onde o governo quiser, e isso ainda garante condições para viajar ao exterior, mesmo porque os preços estão se reduzindo em vários países por conta da crise, em especial hospedagem e alimentação. O mais preocupante para o viajante é a conjuntura política, pois haverá riscos de chegar a um lugar onde os transportes poderão estar parados ou até mesmo cair no meio de uma convulsão social.
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