Mercados em polvorosa, bolsas em queda, corrida a bancos , ameaças do governo alemão, do Banco Central Europeu, mas cada vez mais uma certeza: no mínimo, a Grécia vai decretar moratória. Depois das medidas impopulares adotadas pela coalizão de socialistas e conservadores, hoje o déficit primário grego é da ordem de 1% do PIB, ou seja, o orçamento está quase equilibrado. A questão é que os banqueiros querem mais arrocho para que sejam gerados superávits primários, ou seja, para que sobre dinheiro para pagar infindáveis dívidas. Uma espécie de renda certa para bancos e especuladores, é o que se deseja.
A Alemanha e os banqueiros querem definições logo agora, antes que haja novas eleições marcadas para junho. Querem compromissos pétreos, ou seja, coisas que não possam ser desfeitas por futuros governos, o que seria um forte golpe na democracia, uma intervenção estrangeira nos rumos da economia. Às vésperas de uma eleição, nem a atual coalizão, que já perdeu na última eleição, nem os partidos de oposição falam em piorar o que já está ruim, e fica essa pressão de mídia, com ajustamentos no mercado. Como disse Karl Marx, o penúltimo capitalista irá vender a corda que enforcará o último, daí ser crível que, se houver a moratória, muitos banqueiros ainda apostarão na Grécia, e não acontecerá o holocausto que o terror de mídia tenta criar.
Além da moratória, que seria uma saída "light", sem deixar a zona do Euro, há o passo seguinte, que é o calote. Na moratória é aquela estória de "devo, não nego, pago quando puder". No calote é "não vou pagar e pronto". Na sequência, tem a saída da zona do Euro, que os demais países da Eurozona são contrários, pois poderia haver o estouro da boiada. O cenário prometido pela mídia do capital é do apocalipse, com o país sem dinheiro nem para pagar os serviços públicos.
Será mesmo? Sem a obrigação dos juros a pagar, finanças equilibradas, com a volta da moeda local, o Dracma, desvalorizada, o país rapidamente se tornaria competitivo dentro da Comunidade Européia. Poderia exportar mais, e atrair investimentos para a substituição de importações, que ficariam caras. Capitalistas que têm investimentos diretos no país não abandonariam tudo. Descolada do Euro, a Grécia poderia baixar seus custos, que na prática são indexados aos mais altos da Eurozona, podendo, por exemplo, atrair muito mais turismo. O mais importante nisso tudo é que a Grécia, abandonando o Euro, pode mostrar o erro que cometeram países pobres da Europa em aderir a esse clubinho de ricos, onde a Alemanha, que tinha os maiores custos e a menor competitividade antes da moeda unificada, foi a maior favorecida no bloco.
A Alemanha e os banqueiros querem definições logo agora, antes que haja novas eleições marcadas para junho. Querem compromissos pétreos, ou seja, coisas que não possam ser desfeitas por futuros governos, o que seria um forte golpe na democracia, uma intervenção estrangeira nos rumos da economia. Às vésperas de uma eleição, nem a atual coalizão, que já perdeu na última eleição, nem os partidos de oposição falam em piorar o que já está ruim, e fica essa pressão de mídia, com ajustamentos no mercado. Como disse Karl Marx, o penúltimo capitalista irá vender a corda que enforcará o último, daí ser crível que, se houver a moratória, muitos banqueiros ainda apostarão na Grécia, e não acontecerá o holocausto que o terror de mídia tenta criar.
Além da moratória, que seria uma saída "light", sem deixar a zona do Euro, há o passo seguinte, que é o calote. Na moratória é aquela estória de "devo, não nego, pago quando puder". No calote é "não vou pagar e pronto". Na sequência, tem a saída da zona do Euro, que os demais países da Eurozona são contrários, pois poderia haver o estouro da boiada. O cenário prometido pela mídia do capital é do apocalipse, com o país sem dinheiro nem para pagar os serviços públicos.
Será mesmo? Sem a obrigação dos juros a pagar, finanças equilibradas, com a volta da moeda local, o Dracma, desvalorizada, o país rapidamente se tornaria competitivo dentro da Comunidade Européia. Poderia exportar mais, e atrair investimentos para a substituição de importações, que ficariam caras. Capitalistas que têm investimentos diretos no país não abandonariam tudo. Descolada do Euro, a Grécia poderia baixar seus custos, que na prática são indexados aos mais altos da Eurozona, podendo, por exemplo, atrair muito mais turismo. O mais importante nisso tudo é que a Grécia, abandonando o Euro, pode mostrar o erro que cometeram países pobres da Europa em aderir a esse clubinho de ricos, onde a Alemanha, que tinha os maiores custos e a menor competitividade antes da moeda unificada, foi a maior favorecida no bloco.
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