Pelo que pude me informar até aqui sobre a crise política no Paraguai, que poderá ter desdobramentos imprevisíveis caso o presidente Lugo tenha seu mandato cassado por impechment-relâmpago hoje, há paradoxos que deixam evidências de um golpe de estado vendido como punição por má gestão.
Tudo começou quando o movimento dos sem-terra de lá ocupou um latifúndio de 100 mil hectares pertencente a um ex-senador. A polícia tinha uma ordem de desocupação para cumprir, e houve o conflito que resultou na morte de 11 sem-terra e 6 policiais num tiroteio. Por conta desse incidente o congresso paraguaio, dominado pela direita, resolveu abrir o processo para cassar o mandato de Lugo.
Qual o paradoxo? Lugo, que é bispo da Igreja Católica, foi eleito com 41% dos votos como o candidato dos oprimidos e dos movimentos sociais. Assim sendo, deve ter evitado ao máximo o cumprimento da tal ordem judicial de desocupação do latifúndio, e a última coisa que ordenaria seria a perda de vidas humanas num eventual conflito. Os sem-terra, cujo movimento está em crescimento por não ter a repressão do governo de Lugo, certamente não desejarão que o governo passe a ser ocupado por alguém ligado ao latifúndio. A direita latifundiária, promotora do golpe de estado em andamento, teria mandado fazer coisa muito pior, e se chegar ao governo reprimirá violentamente os sem-terra, sendo previsíveis bem mais mortes que as ocorridas.
Os dirigentes dos doze países da UNASUL, entre eles o Brasil, reunidos emergencialmente em meio à Rio + 20, resolveram mandar seus ministros de relações exteriores ontem para o Paraguai para acompanhar o processo. Lugo terá apenas duas horas para se defender das acusações, diante de um congresso pré-disposto a cassá-lo de qualquer maneira. Manifestantes pró-Lugo estão nas ruas de Assunção e pode haver mais conflitos caso a direita casse o mandato do presidente eleito. ¨
O absurdo poderia ser exemplificado assim: Lula manda a polícia tirar os sem-terra de uma fazenda de um latifundiário demo-tucano, e tem um conflito com mortes. Os demo-tucanos, oposicionistas a Lula, abrem um processo de impeachment contra Lula pelo episódio... Se isso não é oportunismo e golpe, o que será?
Tudo começou quando o movimento dos sem-terra de lá ocupou um latifúndio de 100 mil hectares pertencente a um ex-senador. A polícia tinha uma ordem de desocupação para cumprir, e houve o conflito que resultou na morte de 11 sem-terra e 6 policiais num tiroteio. Por conta desse incidente o congresso paraguaio, dominado pela direita, resolveu abrir o processo para cassar o mandato de Lugo.
Qual o paradoxo? Lugo, que é bispo da Igreja Católica, foi eleito com 41% dos votos como o candidato dos oprimidos e dos movimentos sociais. Assim sendo, deve ter evitado ao máximo o cumprimento da tal ordem judicial de desocupação do latifúndio, e a última coisa que ordenaria seria a perda de vidas humanas num eventual conflito. Os sem-terra, cujo movimento está em crescimento por não ter a repressão do governo de Lugo, certamente não desejarão que o governo passe a ser ocupado por alguém ligado ao latifúndio. A direita latifundiária, promotora do golpe de estado em andamento, teria mandado fazer coisa muito pior, e se chegar ao governo reprimirá violentamente os sem-terra, sendo previsíveis bem mais mortes que as ocorridas.
Os dirigentes dos doze países da UNASUL, entre eles o Brasil, reunidos emergencialmente em meio à Rio + 20, resolveram mandar seus ministros de relações exteriores ontem para o Paraguai para acompanhar o processo. Lugo terá apenas duas horas para se defender das acusações, diante de um congresso pré-disposto a cassá-lo de qualquer maneira. Manifestantes pró-Lugo estão nas ruas de Assunção e pode haver mais conflitos caso a direita casse o mandato do presidente eleito. ¨
O absurdo poderia ser exemplificado assim: Lula manda a polícia tirar os sem-terra de uma fazenda de um latifundiário demo-tucano, e tem um conflito com mortes. Os demo-tucanos, oposicionistas a Lula, abrem um processo de impeachment contra Lula pelo episódio... Se isso não é oportunismo e golpe, o que será?
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