Rio de Janeiro - Aeroporto Tom Jobim (Galeão) hoje |
Na Linha Vermelha, trânsito lento mas andando. Linha Amarela parada, como sempre, no sentido para a Barra, onde acontecerá, no Riocentro, a parte oficial da conferência. Mais adiante, próximo à entrada da Ponte Rio-Niterói, um carro da polícia estreitava a pista, com mais retenção. Depois, engarrafamentos na Paulo de Frontin, Rebouças, Jardim Botânico, etc. O prefeito Eduardo Paes pediu à população que evite ir à Zona Sul e à Barra da Tijuca, para não piorar o previsível tumulto por falta de infra-estrutura de transportes.
Nesta época do ano é comum a ocorrência de nevoeiros pela manhã, tanto no Rio como em São Paulo. Ontem o Aeroporto de Congonhas fechou para pousos à noite, trazendo caos. A probabilidade de falta de teto para pousos e decolagens no período da conferência á razoável. No Galeão foi suspensa a exclusividade de táxis da cooperativa, permitindo que qualquer um atenda, para evitar o sufoco. Em compensação, conhecendo o histórico de oportunismo da bandidagem carioca, a bandalheira deverá tomar conta dos serviços.
Acesso ao Aeroporto Tom Jobim - obras na pista |
Diversos vôos deverão ser cancelados ou remanejados entre 20 e 23 de junho (infelizmente estou nessa, ainda sem saber o que acontecerá com a minha viagem), para priorizar os pousos e decolagens de autoridades.
No Riocentro a pressa para conclusão dos estandes e pavilhões causou bizarrices, como no Pavilhão Brasil, inaugurado pela presidente Dilma hoje, onde a letra "B" do Brasil caiu. Fora isso havia espaços vazios, faltou energia, a internet wi-fi teve problemas, apenas para falar do local da conferência. Ontem a TV Record fez uma reportagem do entorno do Riocentro, mostrando riachos cheios de lixo, manchas de poluição e esgotos lançados "in natura" na lagoa.
Bandeirola na saída do acesso ao Aeroporto Tom Jobim |
O Rio tem que se superar, e correr contra o prejuízo depois de mais de 30 anos de estagnação na sua infra-estrutura. Passada a Rio + 20, a cidade entrará num caos pior, com a interdição de estações do metrô em Copacabana e Ipanema, demolição do elevado da Perimetral, obras no entorno do Maracanã, metrô da Barra. Toda essa correria, entretanto, não reporá o passivo de formação de pessoas para o turismo, de adaptação do comércio para responder à altura o desafio de fazer do Rio uma cidade global, etc. Do jeito que está é insustentável.
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