Hoje pela manhã ouvi na BandNews o jornalista Ricardo Boechat dando especial destaque à notícia do julgamento do mensalão ontem. Fez clima, suspense, disse que não iria comentar, que nunca tinha feito aquilo, mas a notícia em si era um comentário. Disse Boechat que o mesmo juiz Lewandowsky que absolvera ontem o deputado João Paulo Cunha, do PT, de corrupção passiva, pois teria recebido R$ 50 mil do esquema de Marcos Valério para facilitar licitações, peculato e lavagem de dinheiro, era o mesmo que negou habeas-corpus a um ladrão de São Paulo que roubou uma lanterna de uma moto estimada em R$ 13. Insistiu até que qualquer um fosse obrigado a entender o ponto de vista: soltar bandido do PT é fácil, difícil é soltar bandido pobre.
A opinião que Boechat exprimiu deve ser a do dono do meio de comunicação onde trabalha. E a de muitos outros que têm a Ação Penal 470 como a sepultura do PT. O voto destoante de Lewandowsky ontem cortou o barato deles. Até que todos os juízes se pronunciem, há agora no processo dois tipos de petistas: os culpados e os inocentes. Isso não poderia jamais acontecer, no entender dos que tentaram armar o golpe para derrubar Lula em 2005. Como Lewandowsky está se atendo às provas analisadas publicamente em profundidade, seu voto deverá influenciar o de outros ministros. Na segunda-feira o relator Joaquim Barbosa terá um tempo para réplica, já que o voto de Lewandowsky contraria o seu. Com os holofotes apontados para o tribunal, não fica bem para um ministro ficar como algoz em cima das mesmas provas usado por outro para inocentar. Vem bate-boca por aí.
No mais, segunda será 27 de agosto. Uma semana depois o ministro César Peluso irá se aposentar. A votação final em alguns casos poderá empatar, o que, sem que o presidente do tribunal Ayres Brito use seu Voto de Minerva, significará absolvição. Qualquer absolvição quebrará a lógica vendida pela mídia. Como eles não dormem no ponto, a campanha para retirar Dias Toffoli deverá crescer, e não adiantará nada. Se fosse para ele se considerar suspeito, já teria feito isso antes. A
Até as eleições haverá 13 sessões de julgamento do Mensalão. Considerando-se dois ministros votando por dia a partir da quarta (segunda o plenário poderá virar arena de UFC entre Barbosa e Lewandowsky, no máximo com um voto), a primeira fatia deverá ser concluída no dia 5 ou 6 de setembro, sendo otimista. Depois virá nova rodada de relator/revisor sobre a próxima fatia, que deverá terminar por volta de 19/9. A votação dos demais ministros sobre a 2a fatia será concluída por volta do dia das eleições. Como a parte mais "suculenta" do julgamento, que colocará na arena José Dirceu, Genoíno e Delúbio, será a última, segundo-se a lógica de Joaquim Barbosa, os projetados estragos eleitorais ao PT serão minimizados. Ainda mais com João Paulo Cunha, candidato a prefeito, cantando essa vitória parcial.
A opinião que Boechat exprimiu deve ser a do dono do meio de comunicação onde trabalha. E a de muitos outros que têm a Ação Penal 470 como a sepultura do PT. O voto destoante de Lewandowsky ontem cortou o barato deles. Até que todos os juízes se pronunciem, há agora no processo dois tipos de petistas: os culpados e os inocentes. Isso não poderia jamais acontecer, no entender dos que tentaram armar o golpe para derrubar Lula em 2005. Como Lewandowsky está se atendo às provas analisadas publicamente em profundidade, seu voto deverá influenciar o de outros ministros. Na segunda-feira o relator Joaquim Barbosa terá um tempo para réplica, já que o voto de Lewandowsky contraria o seu. Com os holofotes apontados para o tribunal, não fica bem para um ministro ficar como algoz em cima das mesmas provas usado por outro para inocentar. Vem bate-boca por aí.
No mais, segunda será 27 de agosto. Uma semana depois o ministro César Peluso irá se aposentar. A votação final em alguns casos poderá empatar, o que, sem que o presidente do tribunal Ayres Brito use seu Voto de Minerva, significará absolvição. Qualquer absolvição quebrará a lógica vendida pela mídia. Como eles não dormem no ponto, a campanha para retirar Dias Toffoli deverá crescer, e não adiantará nada. Se fosse para ele se considerar suspeito, já teria feito isso antes. A
Até as eleições haverá 13 sessões de julgamento do Mensalão. Considerando-se dois ministros votando por dia a partir da quarta (segunda o plenário poderá virar arena de UFC entre Barbosa e Lewandowsky, no máximo com um voto), a primeira fatia deverá ser concluída no dia 5 ou 6 de setembro, sendo otimista. Depois virá nova rodada de relator/revisor sobre a próxima fatia, que deverá terminar por volta de 19/9. A votação dos demais ministros sobre a 2a fatia será concluída por volta do dia das eleições. Como a parte mais "suculenta" do julgamento, que colocará na arena José Dirceu, Genoíno e Delúbio, será a última, segundo-se a lógica de Joaquim Barbosa, os projetados estragos eleitorais ao PT serão minimizados. Ainda mais com João Paulo Cunha, candidato a prefeito, cantando essa vitória parcial.
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