quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Viagem : Adaptação ao Japão / andando de Metrô

No segundo dia em Nagóia o organismo ainda resiste mas já conseguimos fazer as coisas com menos dificuldade. Mesmo tendo planejado para os dois primeiros dias uma agenda mais leve, mesmo assim não conseguimos fazer muita coisa. Caminhamos até agora 16 km (medidos no Google), aprendemos a usar metrô, os ideogramas que nos assustaram no primeiro dia já começam a ser familiares (já identificamos uns 20, o que ajuda bastante).

Tivemos vários contatos com pessoas que não falam nada além do japonês e mesmo assim conseguimos informações e compramos coisas, enfim, começamos a navegar no maravilhoso mundo do analfabetismo surdo-mudo (nada entendemos da leitura nem da língua falada nem nos fazemos entender, a não ser por sinais).

O sistema de metrô é diferente de tudo que já vimos pelo mundo. Chegando à estação a primeira coisa é procurar por um mapa que em geral está acima das máquinas que vendem bilhetes. Nele haverá (pelo menos em Nagóia) os nomes das estações em japonês e em romanji (tradução para o alfabeto ocidental mais ou menos de como soa a palavra em japonês). A estação onde você está aparecerá com uma estrela, e as demais terão um número, que é o valor da passagem. Resumo: o preço do trecho é individualizado.

Guarde esse número na memória. Em seguida, vá à máquina e nela coloque a nota no local indicado (tem máquinas que trocam até notas de 10.000 iens, cerca de R$ 250, outras só até R$ 1.000 iens), marque o número de bilhetes que deseja e aperte o botão correspondente ao valor (a máquina apresentará várias opções). Instantaneamente cairão moedas e os tickets.

Superada essa etapa, e cada um com seu ticket, hora de passar no que chamam de "wicket", uma catraca supervisionada diretamente por uma pessoa que fica numa saleta. Coloque o ticket e o receba de volta. Guarde-o porque será obrigatório passar de novo na saída, chegando ao destino. Caso se tente fazer malandragem, tipo comprar o bilhete mais barato, a cancela da saída travará e o supervisor deverá dar algum tipo de esculacho em japonês que deverá ser evitado. Essas coisas devem dar multa, etc.


Um padrão que temos visto em Nagóia é que os cartazes que encontramos em português (aqui tem uma grande colônia de brasileiros) são alusivos à coibição de práticas ilícitas, tipo "não ande de skate", etc. No mais, só encontramos algo em português no saque nos ATMs. Só é possível sacar nos terminais dentro dos mercados 7 Eleven e nos correios, e é bom andar com muito ien no bolso, porque até agora não encontramos um só estabelecimento comercial ( nem Mc Donalds) aceitando cartões (crédito, débito, VTM). 

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