O peleguismo sindical no Brasil tomou novas formas desde a chegada de Lula ao poder. Sindicalistas ligados ao PT passaram a fazer dos sindicatos trincheiras contra os ataques da oposição ao governo e principalmente uma espécie de tropa de choque aliada, instrumentalizada para o controle social dos movimentos para dar ao governo "paz social" enquanto operava mudanças no país. Assim foi com a reforma da previdência, para a qual se mobilizou base aliada comprada, entrando no pantanal do mensalão e que culminou com a expulsão de muita gente boa do PT.
A greve dos bancários, apesar do seu potencial de fogo, ano a ano vem reconquistando migalhas do que foi roubado no período FHC (reajustes zero), traduzida pelos líderes sindicais da CUT como "ganhos reais" de salário, mas que até agora não repuseram grande parte da perda anterior. Escondem essa perda para não demonstrar a incompetência do sindicalismo sem autonomia em relação aos governos Dilma e Lula, dos quais poderiam ter arrancado bem mais reajustes justo por serem governos ditos "dos trabalhadores".
Hoje estão sendo votadas propostas em assembléias manipuladas sem saber exatamente o que são. Para os funcionários do BB, até renúncia de direitos em ações trabalhistas relativos à extrapolação da jornada legal de seis horas podem acontecer em troca de algo que ainda será definido! Em todo o Brasil os relatos mostram a existência de um padrão de desmonte para a greve, com manipulações como separação de bancários, votações sucessivas até conseguir passar a proposta defendida pelos banqueiros, patrões e governo. Ninguém mais sabe onde começa um e termina o outro nesse enterro de greve.
A última greve dos bancários foi mais um exemplo dessa falta de compromisso com suas bases. Assembléias engessadas, onde a voz dos que pensam diferente da "verdade única" dos dirigentes era cassada ou até modificada por truques eletrônicos. Pauta de reivindicações rebaixada, para não instigar movimentos maiores com prejuízos ao governo, em especial, que tem hoje no BB e CEF verdadeiras vacas leiteiras produtoras de superávit primário através dos seus lucros. Aumentar salário é reduzir lucros. Como tudo passa pelo referendum da mesa única da FENABAN, a greve foi geral até que uma proposta fosse praticamente assinada entre os banqueiros, governo e lideranças sindicais, para depois ser levada à aprovação pela base, sem cabimento de rejeição.
2012 pode ter sido o fim do mundo para um tipo de sindicalismo que se degenerou desde a revolucionária criação da CUT em 1983, que veio para acabar com o peleguismo tradicional e com o sindicalismo de aparelho estalinista. Acabou absorvendo essas culturas e hoje a geração de novos dirigentes perdeu o contato com a história e as suas bases, obtendo privilégios fisiológicos dos governos e encastelando-se na perspectiva de se aposentarem sem prestar muito serviço nas entidades. Tudo isso está muito claro nesta greve, onde a rebelião pelos meios virtuais já preocupa os pelegos. Se a organização de base, por fora das instituições, derrubou até ditaduras na chamada "primavera árabe", por que não termos em breve uma "primavera sindical", com a derrubada sistemática dessas direções traidoras?
do BB até agora não sabem com transparência o que é a proposta de cláusulas sociais, como ficam os dias parados, a jornada de 6 horas, etc. Sindicatos dividem assembléias mesmo tendo cláusulas conjuntas da mesa da FENABAN para facilitar o desmonte. Dirigentes não se dispoem mais a continuar o movimento desde que fecharam o acordo por cima com os banqueiros, ferindo de morte as greves remanescentes. Tamanho volume de traição precisa de resposta: a "primavera sindical".
Organizar em todo o país campanhas de filiação aos sindicatos, pegar os estatutos de cada entidade traidora, articular a nível nacional uma temporada de caça às entidades pelegas, organizar oposições de quaisquer matizes político-ideológicos e simplesmente acabar com o domínio do sindicalismo por pessoas e grupos que preferem a fidelidade ao governo e aos banqueiros. Chega disto!
Vamos ver se agora as pessoa aprendem e não se alienam. Filiem-se aos sindicatos, nem um centavo de desconto assistencial e preparar chapas de oposição para derrubar os que dizem nos representar. Como pedras de dominós, os pelegos têm que sentir cada uma das entidades que aparelham cair, todo mundo voltar para a base, ver auditorias levantando os desmandos, etc. Democracia é assim : traiu o povo, perde o direito de representá-lo. Pode começar a temporada de caça aos pelegos pela retomada da organização sindical autônoma e independente, a partir dos ressentimentos de mais uma greve derrotada.
A greve dos bancários, apesar do seu potencial de fogo, ano a ano vem reconquistando migalhas do que foi roubado no período FHC (reajustes zero), traduzida pelos líderes sindicais da CUT como "ganhos reais" de salário, mas que até agora não repuseram grande parte da perda anterior. Escondem essa perda para não demonstrar a incompetência do sindicalismo sem autonomia em relação aos governos Dilma e Lula, dos quais poderiam ter arrancado bem mais reajustes justo por serem governos ditos "dos trabalhadores".
Hoje estão sendo votadas propostas em assembléias manipuladas sem saber exatamente o que são. Para os funcionários do BB, até renúncia de direitos em ações trabalhistas relativos à extrapolação da jornada legal de seis horas podem acontecer em troca de algo que ainda será definido! Em todo o Brasil os relatos mostram a existência de um padrão de desmonte para a greve, com manipulações como separação de bancários, votações sucessivas até conseguir passar a proposta defendida pelos banqueiros, patrões e governo. Ninguém mais sabe onde começa um e termina o outro nesse enterro de greve.
A última greve dos bancários foi mais um exemplo dessa falta de compromisso com suas bases. Assembléias engessadas, onde a voz dos que pensam diferente da "verdade única" dos dirigentes era cassada ou até modificada por truques eletrônicos. Pauta de reivindicações rebaixada, para não instigar movimentos maiores com prejuízos ao governo, em especial, que tem hoje no BB e CEF verdadeiras vacas leiteiras produtoras de superávit primário através dos seus lucros. Aumentar salário é reduzir lucros. Como tudo passa pelo referendum da mesa única da FENABAN, a greve foi geral até que uma proposta fosse praticamente assinada entre os banqueiros, governo e lideranças sindicais, para depois ser levada à aprovação pela base, sem cabimento de rejeição.
2012 pode ter sido o fim do mundo para um tipo de sindicalismo que se degenerou desde a revolucionária criação da CUT em 1983, que veio para acabar com o peleguismo tradicional e com o sindicalismo de aparelho estalinista. Acabou absorvendo essas culturas e hoje a geração de novos dirigentes perdeu o contato com a história e as suas bases, obtendo privilégios fisiológicos dos governos e encastelando-se na perspectiva de se aposentarem sem prestar muito serviço nas entidades. Tudo isso está muito claro nesta greve, onde a rebelião pelos meios virtuais já preocupa os pelegos. Se a organização de base, por fora das instituições, derrubou até ditaduras na chamada "primavera árabe", por que não termos em breve uma "primavera sindical", com a derrubada sistemática dessas direções traidoras?
do BB até agora não sabem com transparência o que é a proposta de cláusulas sociais, como ficam os dias parados, a jornada de 6 horas, etc. Sindicatos dividem assembléias mesmo tendo cláusulas conjuntas da mesa da FENABAN para facilitar o desmonte. Dirigentes não se dispoem mais a continuar o movimento desde que fecharam o acordo por cima com os banqueiros, ferindo de morte as greves remanescentes. Tamanho volume de traição precisa de resposta: a "primavera sindical".
Organizar em todo o país campanhas de filiação aos sindicatos, pegar os estatutos de cada entidade traidora, articular a nível nacional uma temporada de caça às entidades pelegas, organizar oposições de quaisquer matizes político-ideológicos e simplesmente acabar com o domínio do sindicalismo por pessoas e grupos que preferem a fidelidade ao governo e aos banqueiros. Chega disto!
Vamos ver se agora as pessoa aprendem e não se alienam. Filiem-se aos sindicatos, nem um centavo de desconto assistencial e preparar chapas de oposição para derrubar os que dizem nos representar. Como pedras de dominós, os pelegos têm que sentir cada uma das entidades que aparelham cair, todo mundo voltar para a base, ver auditorias levantando os desmandos, etc. Democracia é assim : traiu o povo, perde o direito de representá-lo. Pode começar a temporada de caça aos pelegos pela retomada da organização sindical autônoma e independente, a partir dos ressentimentos de mais uma greve derrotada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário