O Brasil não é um país sério, disse De Gaulle uma vez. Ligo a TV e vejo a Globo fazendo estardalhaço com uma matéria do Estadão sobre um depoimento de Marcos Valério, operador dos mensalões do PT e do PSDB, feito à Procuradoria Geral da República. Sigiloso, mas o jornal paulista "obteve com exclusividade", o que para bom entendedor é o mesmo que dizer "comprado de algum corrupto que teve a papelada em mãos".
Os termos da "confissão", para fins de redução de pena através de delação premiada, parecem ter sido feitos para sair na imprensa. Como se alguém dissesse : "olha, prá valer algum dia de redução de pena tem que botar o Lula no topo da quadrilha, dizer que o PT ameaçou te matar porque só tem bandido, etc. " Nos tempos da ditadura tais "depoimentos" eram usados para incriminar pessoas que se pretendia prender ou eliminar. A diferença era a tortura que precedia a assinatura do papel.
Isso foi em 24 de setembro. O Procurador Geral da República e os presidentes do STF, atual e anterior, sabiam da tal "confissão" mas não deram importância. Tocaram o julgamento do Mensalão sem nada mais acrescentar aos autos. A mídia, entretanto, quer um terceiro tempo do Mensalão, agora com Lula no topo do "domínio do fato".
O que o STF tem mais a fazer é liquidar esse julgamento com a já esperada crise institucional, ao meter o bedelho em assuntos do Legislativo na cassação de deputados, e tocar o julgamento da mãe de todos os mensalões, o de Minas, como a mídia chama para não colar a tarja "do PSDB", da sua base aliada.
Os termos da "confissão", para fins de redução de pena através de delação premiada, parecem ter sido feitos para sair na imprensa. Como se alguém dissesse : "olha, prá valer algum dia de redução de pena tem que botar o Lula no topo da quadrilha, dizer que o PT ameaçou te matar porque só tem bandido, etc. " Nos tempos da ditadura tais "depoimentos" eram usados para incriminar pessoas que se pretendia prender ou eliminar. A diferença era a tortura que precedia a assinatura do papel.
Isso foi em 24 de setembro. O Procurador Geral da República e os presidentes do STF, atual e anterior, sabiam da tal "confissão" mas não deram importância. Tocaram o julgamento do Mensalão sem nada mais acrescentar aos autos. A mídia, entretanto, quer um terceiro tempo do Mensalão, agora com Lula no topo do "domínio do fato".
O que o STF tem mais a fazer é liquidar esse julgamento com a já esperada crise institucional, ao meter o bedelho em assuntos do Legislativo na cassação de deputados, e tocar o julgamento da mãe de todos os mensalões, o de Minas, como a mídia chama para não colar a tarja "do PSDB", da sua base aliada.
A mãe de todos os mensalões, de fato: lembro-me bem, lá quando primeiro se ouviu a palavra "mensalão", a mídia golpista alardeando o caso, até o momento em que a CPI dos correios esbarrou no esquema caixa 2 de Eduardo Azeredo (então presidente do PSDB); depois disso, o caso sumiu da mídia.
ResponderExcluirPor isso, afirmo: a casa dos maiores corruptos do país é na grande mídia.