Os preços de passagens aéreas atingiram patamares irracionais. Como há parcelamentos em até 10 vezes, o consumidor acaba pagando o preço abusivo. Mesmo que cada parcela tenha preço mais caro que uma passagem normal.
Não há lógica que explique uma passagem no trecho Rio-Brasília ser ofertada a mais de R$ 3 mil, quando normalmente custa na base de R$ 200, mesmo quando se observa que há bastante vagas no avião. Mesmo na alta estação. O que explica isso, se não é uma questão de oferta? Oligopólio, ou a intenção clara das empresas aéreas de preferir vender uma passagem 15 vezes o valor normal que ocupar 15 assentos.
O governo federal ameaça permitir que empresas aéreas estrangeiras operem no Brasil em vôos domésticos, o que deixa em pânico todas elas. Se entrarem essas empresas só haverá duas alternativas: chamá-las para o oligopólio ou baixar os preços e concorrer em condições de mercado.
A entrevista da ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann informou que a presidente Dilma, por medida provisória, pode determinar essa abertura de mercado, pois o Brasil deverá atrair 300 mil turistas estrangeiros na Copa do Mundo, e o tráfego aéreo poderá demandar 3 milhões de passagens aéreas e as empresas nacionais já estão aumentando fortemente os preços. O mesmo processo de superexploração do consumidor está acontecendo com os hotéis. O governo diz que não vai tabelar preços, mas vai agir com todas as ferramentas para evitar abusos.
Oligopólios reagem a esse tipo de ameaça com argumentos de reserva de mercado, alegando que não sobreviveriam à concorrência, teriam que demitir, cortar vôos, etc. Empurram a conta para os sindicatos de trabalhadores ameaçando cortar salários, direitos e empregos caso tenham que baixar os preços, o que é um discurso falso, de proteção à ineficiência empresarial e de exploração do consumidor.
Tais sobrelucros não representam vantagens para os funcionários, apenas acumulação para os acionistas, mas o que se vê é o movimento sindical correr atrás do governo implorando para não abrir a concorrência, assumindo o discurso patronal. Como contratar funcionários estrangeiros é limitado e a chegada de novas empresas deveria abrir novas vagas, era para os sindicatos fazerem o discurso no sentido contrário, de mais oportunidade de emprego, e não ficarem reféns dos donos "nacionais' das empresas aéreas. A CUT já foi ao governo pedir garantias de reserva de mercado ao ministro da aviação civil Moreira Franco.
O mesmo processo acontece com as montadoras de automóveis, que têm absurdo sobrelucro no preço dos carros, o tal Lucro Brasil. Bastou entrarem no mercado carros chineses que os sindicatos patronais e de trabalhadores se uniram para colocar novas exigências para dificultar a concorrência dos entrantes, como ter fábrica no Brasil. Agora que as fábricas da JAC e outras estão se estabelecendo e vão oferecer carros fabricados no país mais baratos, vão ter que reduzir os lucros. O governo federal aposta nisso. Voltou o IPI sobre veículos (exceto caminhões) aos patamares anteriores à crise de 2008 e fez novas exigências de segurança que encarecem os carros, mas aposta que a concorrência fará esses custos serem diluídos nos sobrelucros sem reajustes ao consumidor.
Não há lógica que explique uma passagem no trecho Rio-Brasília ser ofertada a mais de R$ 3 mil, quando normalmente custa na base de R$ 200, mesmo quando se observa que há bastante vagas no avião. Mesmo na alta estação. O que explica isso, se não é uma questão de oferta? Oligopólio, ou a intenção clara das empresas aéreas de preferir vender uma passagem 15 vezes o valor normal que ocupar 15 assentos.
O governo federal ameaça permitir que empresas aéreas estrangeiras operem no Brasil em vôos domésticos, o que deixa em pânico todas elas. Se entrarem essas empresas só haverá duas alternativas: chamá-las para o oligopólio ou baixar os preços e concorrer em condições de mercado.
A entrevista da ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann informou que a presidente Dilma, por medida provisória, pode determinar essa abertura de mercado, pois o Brasil deverá atrair 300 mil turistas estrangeiros na Copa do Mundo, e o tráfego aéreo poderá demandar 3 milhões de passagens aéreas e as empresas nacionais já estão aumentando fortemente os preços. O mesmo processo de superexploração do consumidor está acontecendo com os hotéis. O governo diz que não vai tabelar preços, mas vai agir com todas as ferramentas para evitar abusos.
Oligopólios reagem a esse tipo de ameaça com argumentos de reserva de mercado, alegando que não sobreviveriam à concorrência, teriam que demitir, cortar vôos, etc. Empurram a conta para os sindicatos de trabalhadores ameaçando cortar salários, direitos e empregos caso tenham que baixar os preços, o que é um discurso falso, de proteção à ineficiência empresarial e de exploração do consumidor.
Tais sobrelucros não representam vantagens para os funcionários, apenas acumulação para os acionistas, mas o que se vê é o movimento sindical correr atrás do governo implorando para não abrir a concorrência, assumindo o discurso patronal. Como contratar funcionários estrangeiros é limitado e a chegada de novas empresas deveria abrir novas vagas, era para os sindicatos fazerem o discurso no sentido contrário, de mais oportunidade de emprego, e não ficarem reféns dos donos "nacionais' das empresas aéreas. A CUT já foi ao governo pedir garantias de reserva de mercado ao ministro da aviação civil Moreira Franco.
O mesmo processo acontece com as montadoras de automóveis, que têm absurdo sobrelucro no preço dos carros, o tal Lucro Brasil. Bastou entrarem no mercado carros chineses que os sindicatos patronais e de trabalhadores se uniram para colocar novas exigências para dificultar a concorrência dos entrantes, como ter fábrica no Brasil. Agora que as fábricas da JAC e outras estão se estabelecendo e vão oferecer carros fabricados no país mais baratos, vão ter que reduzir os lucros. O governo federal aposta nisso. Voltou o IPI sobre veículos (exceto caminhões) aos patamares anteriores à crise de 2008 e fez novas exigências de segurança que encarecem os carros, mas aposta que a concorrência fará esses custos serem diluídos nos sobrelucros sem reajustes ao consumidor.
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