A gente só vê aquela categoria de palpiteiros que alguns apelidaram de "economistas de bancos", às vezes nem economistas, nem de bancos, dizendo que tem que parar de elevar o salário mínimo acima da inflação. Aliás, dependendo da escola do "economista", nem salário mínimo eles querem. Primeiro disseram que haveria desemprego em massa de empregados domésticos. Depois que iria quebrar a previdência. Nem uma coisa, nem outra.
O que não disseram é que um fenômeno positivo está acontecendo silenciosamente: o efeito catalisador do salário mínimo em crescimento real está desequilibrando os salários relativos e levando as pessoas à luta por melhores salários. Vejamos alguns casos:
- João recebia em 2003 uma aposentadoria de 1 salário mínimo. José recebia 1,5 SM. João começou a ver o poder de compra crescer lentamente. José começou a perceber que o salário de João se aproximava do seu, e que já não ganhava mais 1,5 SM porque seu reajuste era apenas pela inflação, sem ganhos reais. Por volta de 2010, com o aumento real tendo alcançado 50% os salários de João e José ficaram iguais. A partir daí ambos passaram a ter reajustes acima da inflação, melhorando a situação de José. Pedro, que ganhava 2 SM, em breve terá seu salário igualado aos de João e José, pois o ganho real está chegando a 100% sobre 2003. João era gari na ativa, José era vigiae Pedro era professor. Pedro está revoltado porque agora ganha igual ao gari aposentado.
- Maria é empregada doméstica e sempre ganhou salário mínimo. Seu marido Antônio é gari e ganhava mais de um salário mínimo porque trabalhava numa empresa pública, com sindicato, piso salarial, reajustes todo ano um pouco acima da inflação ou igual a ela. O salário de Maria avançou mais rápido que o de Antônio porque o salário mínimo cresceu bem mais que o incremento salarial dele. Antônio também viu o salário mínimo chegar perto do seu salário, até que num certo dia o alcançou. E não aceita ganhar "igual a uma empregada". Ganhando pouco mais que ele estava Carlos, policial militar. Aline, comissária de bordo, mais acima. Silvia, professora, num nível maior. Antenor, bancário, também começou a ver o salário mínimo se aproximando do seu. Antônio, o gari, teve seu salário "afogado" pelo veloz SM. Fez greve e seu salário subiu 37% sobre o mínimo, acima do salário de Carlos, que logo ganhará o salário minimo, sem ter perdido nada. Aline, um pouco mais adiante, sente a chegada e acha um absurdo ganhar igual a um gari. Silvia, que sempre achou que professor deveria ganhar bem mais, diz que sempre ganhou "x" vezes mais o que um gari e agora está bem perto. Antenor, o bancário, começa a se sentir desvalorizado, afinal, não considera justo um bancário ganhar menos de "n" vezes o que um gari ou policial ganha.
Esses dois casos mostram como trabalhadores sem perder nada em relação à inflação podem estar revoltados porque os seus proventos, em número de salários mínimos, está cada vez mais reduzindo. Lula e Dilma fizeram a sua parte elevando o piso mínimo salarial de todos os trabalhadores. Agora é cada categoria buscar elevar, com greves e negociações, a quantidade de salários mínimos que consideram justo ganhar, ou logo será mais difícil a patronal preencher certas vagas. É por isso também que os "economistas de banco" chiam muito quando atingimos os menores índices de desemprego da história. Para eles tem que haver uma boa quantidade de desempregados para forçar a baixa dos salários.
O que não disseram é que um fenômeno positivo está acontecendo silenciosamente: o efeito catalisador do salário mínimo em crescimento real está desequilibrando os salários relativos e levando as pessoas à luta por melhores salários. Vejamos alguns casos:
- João recebia em 2003 uma aposentadoria de 1 salário mínimo. José recebia 1,5 SM. João começou a ver o poder de compra crescer lentamente. José começou a perceber que o salário de João se aproximava do seu, e que já não ganhava mais 1,5 SM porque seu reajuste era apenas pela inflação, sem ganhos reais. Por volta de 2010, com o aumento real tendo alcançado 50% os salários de João e José ficaram iguais. A partir daí ambos passaram a ter reajustes acima da inflação, melhorando a situação de José. Pedro, que ganhava 2 SM, em breve terá seu salário igualado aos de João e José, pois o ganho real está chegando a 100% sobre 2003. João era gari na ativa, José era vigiae Pedro era professor. Pedro está revoltado porque agora ganha igual ao gari aposentado.
- Maria é empregada doméstica e sempre ganhou salário mínimo. Seu marido Antônio é gari e ganhava mais de um salário mínimo porque trabalhava numa empresa pública, com sindicato, piso salarial, reajustes todo ano um pouco acima da inflação ou igual a ela. O salário de Maria avançou mais rápido que o de Antônio porque o salário mínimo cresceu bem mais que o incremento salarial dele. Antônio também viu o salário mínimo chegar perto do seu salário, até que num certo dia o alcançou. E não aceita ganhar "igual a uma empregada". Ganhando pouco mais que ele estava Carlos, policial militar. Aline, comissária de bordo, mais acima. Silvia, professora, num nível maior. Antenor, bancário, também começou a ver o salário mínimo se aproximando do seu. Antônio, o gari, teve seu salário "afogado" pelo veloz SM. Fez greve e seu salário subiu 37% sobre o mínimo, acima do salário de Carlos, que logo ganhará o salário minimo, sem ter perdido nada. Aline, um pouco mais adiante, sente a chegada e acha um absurdo ganhar igual a um gari. Silvia, que sempre achou que professor deveria ganhar bem mais, diz que sempre ganhou "x" vezes mais o que um gari e agora está bem perto. Antenor, o bancário, começa a se sentir desvalorizado, afinal, não considera justo um bancário ganhar menos de "n" vezes o que um gari ou policial ganha.
Esses dois casos mostram como trabalhadores sem perder nada em relação à inflação podem estar revoltados porque os seus proventos, em número de salários mínimos, está cada vez mais reduzindo. Lula e Dilma fizeram a sua parte elevando o piso mínimo salarial de todos os trabalhadores. Agora é cada categoria buscar elevar, com greves e negociações, a quantidade de salários mínimos que consideram justo ganhar, ou logo será mais difícil a patronal preencher certas vagas. É por isso também que os "economistas de banco" chiam muito quando atingimos os menores índices de desemprego da história. Para eles tem que haver uma boa quantidade de desempregados para forçar a baixa dos salários.
Nenhum comentário:
Postar um comentário