Você amaria ou odiaria um governo que adia aumentos de energia e combustíveis para você não pagar hoje e continuar com poder aquisitivo para consumir outras coisas? Essa é a preocupação da oposição, que já aplicou um estelionato eleitoral em 1986 (Plano Cruzado) onde mentiu com congelamento de preços e os aumentou após a eleição, sem aviso prévio. Dilma está mantendo os preços que baixou no ano passado e pode ser que aumentem no ano que vem. Tudo transparente. Isso é ruim para as pessoas?
Os subsídios fazem parte da nossa economia desde sempre. Desde que o governo do império indenizou ex-donos de escravos na Abolição. O que ocasionalmente pode mudar é o beneficiário. Quando na década de 30 a economia cafeeira paulista e mineira entrou em colapso com excesso de oferta, lá estava o governo federal comprando sacas e mais sacas para ajudar aos ricos fazendeiros. Já teve subsídio a quase tudo, inclusive trigo, para baratear o pão, e à agricultura como um todo. Os subsídios que beneficiavam ao povo foram quase todos extintos pelas políticas neoliberais. Mas ficaram os que permitem, por exemplo, a empresas pegar dinheiro barato no BNDES.
Quem paga pelos subsídios? O Tesouro Nacional, ou seja, nós todos. Pagamos bilhões para beneficiar a alguns, e disso a mídia não chia. Quando um grande empresário vai ao BNDES pega dinheiro barato. O seu Zé ou a dona Maria têm que ir a um banco pegar empréstimo a juros absurdos. Tudo porque há uma outra teta sendo sugada: a dos juros pagos a rentistas, para a qual vão R$ 1 trilhão dos nossos bolsos todos os anos. Para manter a economia funcionando, o governo dá incentivos e regalias às empresas para fugir aos impactos das altas taxas de juro que paga.
Até hoje circulam pela internet imagens dizendo que "pagamos a gasolina e energia mais caras do mundo". Não é mais tão verdade assim: no ano passado o governo Dilma reduziu as contas de energia pagas pelos consumidores através de renovação de concessões. Nem todas as empresas aderiram, por causa do boicote do PSDB, que não queria a redução. Minas, São Paulo e Paraná ficaram fora, mas mesmo assim Dilma bancou a decisão política e reduziu a energia até nesses estados. A mídia fez estardalhaço, dizendo que haveria apagão, racionamento e... nada aconteceu. Apenas uma estiagem atípica que fez acionar usinas termelétricas (ainda bem que Lula e Dilma as fizeram) e manter o abastecimento normal, com algum sobrecusto que agora o governo diz que vai subsidiar até 2015.
Ou seja: se não fosse por Dilma não teria havido a redução do ano passado, e graças à sua decisão de usar o Tesouro Nacional para emprestar às concessionárias e manter os preços (não é bem um subsídio), arcaríamos agora com aumento na energia, com impactos inflacionários justo quando se tenta controlar a inflação. A mídia da oposição consegue transformar isso em uma coisa ruim, ou seja, segurar o reajuste usando os impostos de todos, e não apenas as contas individuais dos usuários.
Com os combustíveis é a mesma coisa. Querem uma fórmula explícita que indexe o aumento para que tenhamos "alinhamento com preços internacionais". Por outro, espalham ao vento que temos os combustiveis mais caros do mundo cobrando atitudes do governo. Por trás de tudo os interesses de acionistas da Petrobrás em busca de aumentar os lucros. O governo, como acionista majoritário da Petrobrás, freia esse desejo de aumentos e mais aumentos porque tem compromisso com a inflação e com a manutenção do poder de compra da população.
Quem está errado: o governo que adia aumentos (mas não nega que acontecerão) ou os que querem os aumentos já para penalizar o povo e obter ganhos eleitorais?
Os subsídios fazem parte da nossa economia desde sempre. Desde que o governo do império indenizou ex-donos de escravos na Abolição. O que ocasionalmente pode mudar é o beneficiário. Quando na década de 30 a economia cafeeira paulista e mineira entrou em colapso com excesso de oferta, lá estava o governo federal comprando sacas e mais sacas para ajudar aos ricos fazendeiros. Já teve subsídio a quase tudo, inclusive trigo, para baratear o pão, e à agricultura como um todo. Os subsídios que beneficiavam ao povo foram quase todos extintos pelas políticas neoliberais. Mas ficaram os que permitem, por exemplo, a empresas pegar dinheiro barato no BNDES.
Quem paga pelos subsídios? O Tesouro Nacional, ou seja, nós todos. Pagamos bilhões para beneficiar a alguns, e disso a mídia não chia. Quando um grande empresário vai ao BNDES pega dinheiro barato. O seu Zé ou a dona Maria têm que ir a um banco pegar empréstimo a juros absurdos. Tudo porque há uma outra teta sendo sugada: a dos juros pagos a rentistas, para a qual vão R$ 1 trilhão dos nossos bolsos todos os anos. Para manter a economia funcionando, o governo dá incentivos e regalias às empresas para fugir aos impactos das altas taxas de juro que paga.
Até hoje circulam pela internet imagens dizendo que "pagamos a gasolina e energia mais caras do mundo". Não é mais tão verdade assim: no ano passado o governo Dilma reduziu as contas de energia pagas pelos consumidores através de renovação de concessões. Nem todas as empresas aderiram, por causa do boicote do PSDB, que não queria a redução. Minas, São Paulo e Paraná ficaram fora, mas mesmo assim Dilma bancou a decisão política e reduziu a energia até nesses estados. A mídia fez estardalhaço, dizendo que haveria apagão, racionamento e... nada aconteceu. Apenas uma estiagem atípica que fez acionar usinas termelétricas (ainda bem que Lula e Dilma as fizeram) e manter o abastecimento normal, com algum sobrecusto que agora o governo diz que vai subsidiar até 2015.
Ou seja: se não fosse por Dilma não teria havido a redução do ano passado, e graças à sua decisão de usar o Tesouro Nacional para emprestar às concessionárias e manter os preços (não é bem um subsídio), arcaríamos agora com aumento na energia, com impactos inflacionários justo quando se tenta controlar a inflação. A mídia da oposição consegue transformar isso em uma coisa ruim, ou seja, segurar o reajuste usando os impostos de todos, e não apenas as contas individuais dos usuários.
Com os combustíveis é a mesma coisa. Querem uma fórmula explícita que indexe o aumento para que tenhamos "alinhamento com preços internacionais". Por outro, espalham ao vento que temos os combustiveis mais caros do mundo cobrando atitudes do governo. Por trás de tudo os interesses de acionistas da Petrobrás em busca de aumentar os lucros. O governo, como acionista majoritário da Petrobrás, freia esse desejo de aumentos e mais aumentos porque tem compromisso com a inflação e com a manutenção do poder de compra da população.
Quem está errado: o governo que adia aumentos (mas não nega que acontecerão) ou os que querem os aumentos já para penalizar o povo e obter ganhos eleitorais?
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