A direita tem poder porque é unida e uníssona, apesar de se dividir em diversos partidos por problemas disputas feudais internas. Isso não turva a visão estratégica, nem impede as ações políticas para garantir, através da manutenção das desigualdades sociais, os privilégios de uma casta que explora a grande maioria. Já a esquerda é plural, fracionada ideologicamente, e tem imensa capacidade de perder o foco e se autodestruir por questões secundárias, o que também fortalece mais a direita.
Com sinais de superação da crise pelo Brasil, justo no governo daquele que apelidam de "apedeuta" (ignorante; estúpido; sem instrução), e do sucesso dos programas sociais, agora usam seus canais de mídia para incutir na sociedade que o gasto público é lesivo ao país, e que o correto é o investimento em infra-estrutura. O que é, para eles, esse investimento? Construir estradas com dinheiro público para depois privatizá-las? O mesmo com portos, aeroportos, usinas energéticas, indústrias de base? Já não pagam muitos impostos, que recaem em grande parte sobre a classe média e sobre os assalariados em geral, e ainda querem levar a maior parte do bolo?
Basta abrir qualquer programa de debate, jornal ou noticiário, para ver "autoridades" falando da "irresponsabilidade" do governo Lula ao defender reajuste de 10% no bolsa-família, bem acima da inflação do período, e de mudanças positivas no benefício da previdência social, assim como de pagar o reajuste prometido aos servidores públicos, que o governo já disse que honrará. Isso sem falar na redução do superávit primário, aquele que o governo tirava para garantir pagamento de dívidas, e agora, finalmente, começa a dispender em coisas úteis à sociedade. Isso em meio a um cenário onde Barack Obama, dos EUA, perde popularidade porque pegou dinheiro público para ajudar bancos e grandes empresas em dificuldade, sem nenhum retorno à grande maioria dos americanos.
Apesar dos pesares, o governo do "apedeuta" começa a exibir resultados de políticas que começam a aparecer. Hoje na TV o governo usou cadeia nacional para falar de um programa que a direita esconde dos seus meios de comunicação, mas tem um forte impacto social: o Luz para Todos. Mais de 10 milhões de pessoas foram beneficiadas, tiradas das trevas, e passaram a ter isonomia de qualidade de vida com os demais. Isso não interessa à direita, pois é gasto público... com pobres!
A direita odeia os "dalits" brasileiros. Espumam de raiva ao verem o crescimento da classe média, que compra fogões, geladeiras, máquinas de lavar, carros e casa própria como nunca. Para eles, melhorar a dignidade dos pobres significa menor exploração, já que as pessoas não se sujeitam ao aviltamento na relação assalariada se tiverem alguma proteção social. Essa é, no fundo, a razão de tanto ódio a Lula e aos gastos sociais do seu governo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário