Dilma e Angela Merkel podem ser consideradas hoje as duas mulheres mais poderosas do mundo. Angela comanda a principal potência da Europa, que está devorando diversas economias do bloco pelo mecanismo de endividamento de governos. Dilma preside o único dos BRICs do hemisfério ocidental, que em breve terá o PIB maior que o do Reino Unido. Angela fala pelos banqueiros, Dilma pelos emergentes.
A tensa discussão pública que tiveram em Hannover, na abertura de uma feira científica, deixou clara a existência dos dois pólos. Dilma falou em tsunami cambial, ou seja, os países ricos estão emitindo muita moeda e forçando a sua desvalorização, enquanto boa parte dela busca oportunidades especulativas em países emergentes, prejudicando em especial os que têm câmbio flutuante. Uma forma de desvalorização do Euro que serve como protecionismo. Merkel revidou dizendo que os países emergentes já fazem protecionismo, mas disse entender as preocupações de Dilma.
As palavras de Dilma, na prática, foram um ultimato. Deixou claro ao mundo que o Brasil vai mudar de postura e defender seu patrimônio do ataque cambial. Em seguida vieram medidas para penalizar o capital especulativo, entre elas o aumento da taxa de juros e a exigência de permanência maior dos capitais no país. O Brasil ainda não está partindo para detonar o livre comércio, impondo tarifas a produtos importados para proteger sua indústria, mas está fazendo o que pode para refinar o tipo de investimento que chega por aqui.
Com o agravamento da crise na Europa, a expectativa é de que mais capitais tentem aportar por aqui e extorquir nossas riquezas ganhando fácil na especulação. A redução da taxa de juros e a mudança no IOF reduziram a atratividade, mas ela continua muito alta. O mercado de juros futuros já prevê para janeiro de 2013 uma taxa inferior a 9%. Pela vontade do governo, a coisa deve beirar os 8%, o que ainda dará mais de 2% de juros reais.
A mídia dos banqueiros e especuladores aumentou o tom para pregar que haverá inflação se os juros continuarem caindo. Fizeram isso no ano passado, e o resultado foi um PIB abaixo do esperado. A equipe econômica agora não deve mais aceitar esse tipo de pressão, e os juros devem continuar caindo rapidamente até um patamar que entendam ser seguro. Vão tentar fechar o cassino que se instalou no Brasil há muitas décadas. Nisso, o dólar deverá voltar a um patamar em torno de R$ 2,00, para manter a competitividade dos produtos brasileiros. Vem mais por aí.
A tensa discussão pública que tiveram em Hannover, na abertura de uma feira científica, deixou clara a existência dos dois pólos. Dilma falou em tsunami cambial, ou seja, os países ricos estão emitindo muita moeda e forçando a sua desvalorização, enquanto boa parte dela busca oportunidades especulativas em países emergentes, prejudicando em especial os que têm câmbio flutuante. Uma forma de desvalorização do Euro que serve como protecionismo. Merkel revidou dizendo que os países emergentes já fazem protecionismo, mas disse entender as preocupações de Dilma.
As palavras de Dilma, na prática, foram um ultimato. Deixou claro ao mundo que o Brasil vai mudar de postura e defender seu patrimônio do ataque cambial. Em seguida vieram medidas para penalizar o capital especulativo, entre elas o aumento da taxa de juros e a exigência de permanência maior dos capitais no país. O Brasil ainda não está partindo para detonar o livre comércio, impondo tarifas a produtos importados para proteger sua indústria, mas está fazendo o que pode para refinar o tipo de investimento que chega por aqui.
Com o agravamento da crise na Europa, a expectativa é de que mais capitais tentem aportar por aqui e extorquir nossas riquezas ganhando fácil na especulação. A redução da taxa de juros e a mudança no IOF reduziram a atratividade, mas ela continua muito alta. O mercado de juros futuros já prevê para janeiro de 2013 uma taxa inferior a 9%. Pela vontade do governo, a coisa deve beirar os 8%, o que ainda dará mais de 2% de juros reais.
A mídia dos banqueiros e especuladores aumentou o tom para pregar que haverá inflação se os juros continuarem caindo. Fizeram isso no ano passado, e o resultado foi um PIB abaixo do esperado. A equipe econômica agora não deve mais aceitar esse tipo de pressão, e os juros devem continuar caindo rapidamente até um patamar que entendam ser seguro. Vão tentar fechar o cassino que se instalou no Brasil há muitas décadas. Nisso, o dólar deverá voltar a um patamar em torno de R$ 2,00, para manter a competitividade dos produtos brasileiros. Vem mais por aí.
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