Nos Estados Unidos o feriado de Ação de Graças foi apropriado pelo comércio para o evento "Black Friday" (sexta-feira negra), que acontece em seguida e simboliza a abertura da temporada das compras de Natal. No Brasil, o copismo tupiniquim, que já trouxe o Halloween sem nenhum sentido porque ninguém comemora aqui o dia de Todos os Santos (1/11), agora inventou uma "Black Friday" sem comemoração do "Thanksgiving Day" dos norte-americanos.
Se a data não tem muito a ver também com o calendário comercial brasileiro do Natal (tradicionalmente começa após o dia de Finados, acelerado depois pelo 13o salário), também não promete descontos importantes como nos EUA, nem deverá servir de medidor para a confiança do consumidor, como lá. Pior: a ânsia por superlucros brasileira leva a manipulações flagrantes para enganar os consumidores, e as técnicas são muitas:
- elevar o preço e dar um desconto para que o preço final volte ao anterior ou até maior;
- anunciar mercadorias com preços irrisórios que o consumidor não encontrará na loja porque não existem;
- oferecer produtos mais baratos com características diferentes das usualmente existentes nos produtos anunciados, entre outras;
Essas mentiras por atacado no comércio de varejo, se realmente permitissem descontos de até 70% como algumas redes, mostrariam um outro lado cruel: o comércio pratica margens de lucro muito altas e pode até baixá-las promocionalmente, e o brasileiro paga muito caro pelas coisas que compra. Quem leva a culpa é a carga tributária, que no varejo está na faixa de 30% e a partir do ano que vem constará nas notas de compra de forma explícita. E o resto?
O que explica que paguemos até 200% acima do preço no Brasil em produtos que vemos no exterior, como veículos? O imposto de importação não é tudo isso. A parcela que pagamos a mais é o tal "Lucro Brasil", o preço da ganância. Essa não aparece nos "impostômetros", instrumento de disputa ideológica dos liberais capitalistas que não querem impostos, especialmente para os mais ricos, nem sustentar o Estado. Nem na forma de descontos à vista num mercado viciado em aplicar aos preços o valor do parcelamento a juros extorsivos (para estes não tem um "jurômetro".
E lá vai o brasileiro embarcando nessa nova cilada. Vão entrevistar na TV a meia-dúzia que vai chegar às lojas cedo e comprar as poucas mercadorias com até 70% de descontos, que o comércio contabiliza na propaganda do evento, engordando mais esse estímulo ao falso desconto no consumo, a "Fake Friday" (sexta-feira falsa, da enganação), que nada em a ver com a dos americanos.
Se a data não tem muito a ver também com o calendário comercial brasileiro do Natal (tradicionalmente começa após o dia de Finados, acelerado depois pelo 13o salário), também não promete descontos importantes como nos EUA, nem deverá servir de medidor para a confiança do consumidor, como lá. Pior: a ânsia por superlucros brasileira leva a manipulações flagrantes para enganar os consumidores, e as técnicas são muitas:
- elevar o preço e dar um desconto para que o preço final volte ao anterior ou até maior;
- anunciar mercadorias com preços irrisórios que o consumidor não encontrará na loja porque não existem;
- oferecer produtos mais baratos com características diferentes das usualmente existentes nos produtos anunciados, entre outras;
Essas mentiras por atacado no comércio de varejo, se realmente permitissem descontos de até 70% como algumas redes, mostrariam um outro lado cruel: o comércio pratica margens de lucro muito altas e pode até baixá-las promocionalmente, e o brasileiro paga muito caro pelas coisas que compra. Quem leva a culpa é a carga tributária, que no varejo está na faixa de 30% e a partir do ano que vem constará nas notas de compra de forma explícita. E o resto?
O que explica que paguemos até 200% acima do preço no Brasil em produtos que vemos no exterior, como veículos? O imposto de importação não é tudo isso. A parcela que pagamos a mais é o tal "Lucro Brasil", o preço da ganância. Essa não aparece nos "impostômetros", instrumento de disputa ideológica dos liberais capitalistas que não querem impostos, especialmente para os mais ricos, nem sustentar o Estado. Nem na forma de descontos à vista num mercado viciado em aplicar aos preços o valor do parcelamento a juros extorsivos (para estes não tem um "jurômetro".
E lá vai o brasileiro embarcando nessa nova cilada. Vão entrevistar na TV a meia-dúzia que vai chegar às lojas cedo e comprar as poucas mercadorias com até 70% de descontos, que o comércio contabiliza na propaganda do evento, engordando mais esse estímulo ao falso desconto no consumo, a "Fake Friday" (sexta-feira falsa, da enganação), que nada em a ver com a dos americanos.
Não sei o que é pior, se a ganância dos oligarcas, que perpetuam um sistema injusto e aproveitador ou a incapacidade intelectual do brasileiro, que tenta tirar vantagem a todos os momentos, sem perceber que está sendo manipulado e prejudicado.
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